“E o rei do Egito falou às parteiras das hebréias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da outra Puá), e disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebréias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas se for filha, então viva.” (Êxodo 1.15,16)

O texto em epígrafe descreve uma decisão equivocada de Faraó, líder que governava o Egito. O temor de que o povo israelita se tornasse numeroso e trouxesse ameaça para o seu reinado, levou Faraó a ordenar a morte dos meninos e fazer dos hebreus escravos, tratando-os com opressão.

A geração que havia entrado no Egito a convite do governador José, filho de Jacó, havia morrido, um novo rei, que não conhecera José (Êxodo 1.8), assumiu o poder, fazendo com que os israelitas perdessem todos os seus direitos.

O líder déspota e perspicaz colocou maiorais para afligirem aos hebreus (Êxodo 1.11), impondo sobre eles uma série de crueldades, maus-tratos e violências. Ainda assim, a Bíblia diz que mesmo diante desta situação, estes se multiplicavam e tornavam-se ainda mais fortes.

Enquanto uma nova geração está surgindo, Faraó busca uma forma de subjugar ainda mais o povo hebreu, criando um controle rigoroso da natalidade. A geração de meninos que nascesse deveria morrer, mas as meninas poderiam permanecer vivas.

A Palavra de Deus diz que as parteiras “temeram a Deus” e não fizeram o que o rei do Egito ordenou, mas conservavam vivos os meninos (Êxodo 1.15). Elas mostraram grande coragem, preservando uma geração que deveria conquistar a liberdade. Isso só aconteceu porque elas tinham fé para assumirem o risco que a obediência a Deus lhes causaria.

Como Faraó não conseguiu eliminar muitos hebreus que nasciam, utilizando-se das parteiras, decidiu então convocar o próprio povo egípcio para que matassem todos os meninos que nascessem, lançando-os no rio, mas conservando as meninas.

É neste momento que nasce um menino especial, escolhido por Deus desde o ventre da mãe para trazer liberdade para os israelitas. Moisés simbolizava a geração que nasceu para ser livre, uma geração que deixaria o cativeiro e o jugo daquele rei cruel.

Aquela geração era escolhida por Deus, por isso seria preservada, mesmo diante das maiores ameaças. O Senhor nunca permitirá que um escolhido seja impedido de conquistar aquilo pelo qual nasceu para conquistar. Moisés nasceu para conquistar a liberdade, levando um povo cativo a um lugar de prosperidade e justiça.

No capítulo 2 de Êxodo nós vemos como este menino foi preservado da morte, como sua família esconde-o durante três meses, mas que não podendo mais protegê-lo, teve de lança-lo nas águas, dentro de um cesto, justamente onde a filha do déspota Faraó se banhava.

O resultado daquela estratégia divina foi que a filha de Faraó “moveu-se de compaixão” por Moisés (Êxodo 2.6). Miriã, a irmã de Moisés que acompanhava na margem das águas, então se apresenta e recomenda que o menino fosse levado a uma ama para criar o menino, sugerindo justamente a mãe de Moisés.

Miriã também fazia parte da geração que nasceu para conquistar a liberdade, por isso não teve medo de abordar a princesa egípcia, mas ofereceu seus serviços e os da sua mãe, para que o seu próprio irmão fosse criado por elas. Essa deve ser a postura daqueles que são escolhidos por Deus, devem avançar em direção aos seus objetivos.

Lembre-se que quando uma oportunidade surge você precisa estar à disposição para aproveitá-la. Se você permitir que o medo interfira neste acontecimento, as oportunidades vão passar sem que possa fazer algo para aproveitá-las.

Deus usou aquele acontecimento para iniciar o seu plano de levar àquela geração a liberdade. A coragem da família de Moisés era tudo o que o Senhor precisava para que Seu escolhido pudesse nascer e crescer, sendo preparado para conduzir os hebreus a saírem do cativeiro.

Que o Senhor levante uma geração de homens e mulheres corajosos, dispostos a buscar as bênçãos dos céus e a desfrutar das promessas que Ele fez para aqueles que buscam a presença dEle. Que você seja parte da geração que nasceu para conquistar.

Por Gabriele Engel