Lista apresenta os 10 piores ataques antissemitas de 2018

Organização chama de sinais perturbadores o crescimento do antissemitismo em todo mundo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO UNITED WITH ISRAEL E SWC

ATUALIZADO: 9 de janeiro de 2019

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Sinagoga Árvore da Vida: ataque mortal antissemita nos Estados Unidos. (Foto: Divulgação/Simon Wiesenthal Center)

O Centro Simon Wiesenthal (SWC), que se dedica ao combate ao antissemitismo pós-Holocausto, apresentou uma lista com os 10 piores incidentes antissemitas e anti-Israel ocorridos ao longo de 2018. De acordo com o grupo, os números crescem e mostram uma tendência preocupante.

“Foi um ano em que o antissemitismo mostrou sinais perturbadores de crescimento em todo o mundo”, observou o SWC.

O ataque à Sinagoga em Pittsburgh fez a organização questionar: “Como isso poderia ter acontecido nos Estados Unidos? Por que agora?”. O SWC afirma que os crimes de ódio estão em ascensão nos EUA, incluindo um aumento de 57% em incidentes antissemitas, e que o tiroteio em Pittsburgh ilustra os perigos de uma sociedade na qual abertamente ódio e intolerância nas mídias sociais – e no mundo real – são uma realidade.

Veja a lista:

1. Massacre na Sinagoga de Pittsburgh

O ataque mais mortífero da história judaica americana em 2018 teve 11 judeus baleados e mortos durante os cultos matinais do Shabat, em 27 de outubro, na Sinagoga Árvore da Vida (Sinagoga L’Simcha).

O presidente Donald Trump esteve na cidade para homenagear as vítimas, cujo autor dos disparos, um homem de 46 anos, foi preso e se declarou inocente. Robert Bowers pode enfrentar a pena de morte por acusações de homicídio agravadas por crimes de ódio.

2. Propaganda nazista por Louis Farrakhan

Durante um discurso de outubro em Detroit, o líder da Nação do Islã, Louis Farrakhan, criticou aqueles que o chamam de odiar aos judeus. Ele reafirmou suas posições de ódio aos judeus: “Sou um anticupim”.

O SWC acusou Farrakhan de continua a receber elogios dos fundadores da Marcha das Mulheres em Washington e de membros da comunidade de entretenimento. “A mídia tradicional em grande parte fez vista grossa ao ódio de longa data de Farrakhan aos judeus”, disse a organização.

Ao longo da década de 1930, antes do Holocausto, a propaganda nazista demonizava seriamente os judeus, tratando-os como ratos e vermes procurando desumanizar judeus alemães aos olhos de seus
vizinhos. Em maio, Farrakhan perdeu o status de sua conta no Twitter depois de declarar “judeus satânicos” durante um discurso de três horas.

3. Suástica em várias universidades dos EUA após a tragédia de Pittsburgh

Suásticas foram pichadas nas Universidades de Duke, de Illinois, de Cornell, de Stanford e em outras instituições de ensino superior, após o tiroteio mais mortífero da história judaica dos EUA.

“Membros de grupos extremistas, como Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP), criaram ambientes hostis para estudantes judeus postando citações em mídias sociais, como “Vamos encher alguns judeus nos fornos” e “toda vez que leio sobre Hitler, eu fico apaixonada de novo”, citou o SWC.

4. O Antissemitismo do Partido Trabalhista Britânico liderado por Jeremy Corbyn no Reino Unido

“Várias fotos de Corbyn abraçando membros de grupos terroristas do Oriente Médio aumentaram os temores de muitos britânicos, não só da comunidade judaica”, afirmou o Centro Simon Wiesenthal.

5. Currículo Escolar de agência ligada à ONU que eliminou a existência de Israel e venerou o assassino em massa de judeus

De acordo com a SWC, o Hamas controla efetivamente o sindicato dos professores da UNRWA – sigla em inglês para Agência de Ajuda e Trabalho das Nações Unidas para a Palestina – e os professores recorrem às mídias sociais para promover o terrorismo contra os israelenses e ‘apunhalar os cães sionistas’.

Em maio, dois dias antes da abertura da Embaixada dos EUA em Jerusalém, a UNRWA anunciou que as escolas seriam fechadas em Gaza para permitir que estudantes e funcionários participassem dos tumultos liderados pelo Hamas na fronteira Gaza-Israel. Durante esses distúrbios, 62 palestinos – entre eles, 53 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica – a foram mortos.

6. Discriminação do Airbnb contra israelenses na Judeia e Samaria

A Airbnb é uma empresa cuja missão, segundo ela própria, é “unir pessoas em tantos lugares quanto possível em todo o mundo”. Ela conecta os viajantes com proprietários de imóveis dispostos a alugar para turistas.

Em outubro, o Airbnb anunciou que removeria 200 alugueis em Comunidades israelenses na Cisjordânia.

O Centro Wiesenthal está pedindo aos 400 mil membros da Airbnb que reservem suas viagens para outros lugares.

7. Associação do banco alemão com o Grupo Líder de BDS

Quando se trata de questões relacionadas a antissemitismo e ameaças ao Estado judeu. A Alemanha recebe muita atenção. Nos últimos anos, as cidades, empresas e instituições financeiras alemãs reconheceram as bases antissemitas do BDS e evitou a interação com uma campanha global em busca da morte do Estado judeu.

Em 2018, no entanto, uma importante instituição financeira, o Banco para a Economia Social, insiste em fazer negócios com a radical “Voz Judaica por uma Paz Justa Oriente Médio”, que endossa fortemente o boicote ao Estado judeu.

8. Invenção de líder episcopal sobre atrocidades praticadas por israelenses contra crianças árabes

Durante um discurso em Massachusetts em julho passado, a bispa Gayle Harris relatou que testemunhou um soldado israelense prender uma criança árabe de três anos no Monte do Templo de Jerusalém e matar um adolescente palestino de 15 anos pelas costas. Depois que o SWC expôs as alegações como invenções, Harris, segunda na hierarquia episcopal no estado, recuou, dizendo que ela só tinha ouvido as histórias de um terceiro, um palestino.

9. A recusa de hospital sueco em agir contra o ódio ostensivo aos judeus por seu alto escalão

O chefe da neurocirurgia do Instituto Karolinska, hospital universitário da Suécia, discriminou três médicos judeus, impedindo-os de ajudar seus pacientes e até impedindo a continuidade de pesquisa no Instituto.

“Estamos chocados com a resposta letárgica de Karolinska ao câncer do antissemitismo”, disse o rabino Abraham Cooper, da SWC. “Até agora, os fanáticos poderosos foram protegidos e os médicos judeus que salvam vidas são deixados de lado pelos ventos do ódio”.

Apesar do encontro entre o rabino Abraham Cooper e o CEO do hospital, o caso permanece sem solução após 11 meses.

10. Roger Waters usando locais de shows para divulgar seu antissemitismo

O SWC diz que Roger Waters, o cofundador da icônica banda Pink Floyd, há anos cruzou a linha entre o antissionismo e o antissemitismo.

Em 2018, na Alemanha, Waters ficou sem conseguir se apresentar devido seus comentários cada vez mais inaceitáveis ​​e antissemitas, disse o prefeito Dieter Reiter, de Munique. “Eu quero deixar inequivocamente claro que a agitação antissemita de Waters não é bem-vinda em Munique e não passará sem ser desafiada”.

Waters projeta uma imagem de porco adornado com uma estrela de Davi no palco de seus shows em toda a Europa. Recentemente ele foi confrontado por manifestantes na América Latina e do Sul. O cantor continua pressionando colegas artistas a boicotar o Estado judeu.

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