(Foto: Ministério Engel)

Antes mesmo de assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) confirmou ao jornal “Israel Hayom” que transferirá a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, além de afirmar que o fato da Palestina não ser um país, não dá o direito de ter uma embaixada.

“Israel é um Estado soberano. Se os senhores decidirem qual é a sua capital, nós os seguiremos. Quando me perguntaram durante a campanha se transferiria a embaixada se fosse eleito presidente, respondi sim”, declarou em entrevista.

O recém-eleito presidente também afirmou que não foi apenas uma promessa de campanha sua ideia de transferir a embaixada, mas uma decisão que respeita a soberania de Israel. “Vocês decidem sobre a capital de Israel, não outros povos”, completou.

Ao decidir que vai transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, o presidente segue o exemplo dos Estados Unidos, que estabeleceu a sua embaixada na Terra Santa, reconhecendo a soberania do Estado de Israel sobre a cidade.

Essa medida tem sido considerada polêmica, pois os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. A disputa pelo território tem gerado conflitos e a comunidade internacional não reconhece a soberania israelense em relação a Jerusalém.

Palestina

Quando questionado sobre o status da Embaixada da Palestina em Brasília, Bolsonaro afirma que primeiro a Palestina precisa ser reconhecida como Estado, o que ainda não aconteceu. Além disso, ele disse que será necessário mover a embaixada, pois ela foi construída muito perto do palácio presidencial.

“Quanto à embaixada da Palestina, ela foi construída muito perto do palácio presidencial. Nenhuma embaixada pode estar tão perto do palácio presidencial, então pretendemos mudar. Não há outro caminho, na minha opinião. Fora isso, Palestina primeiro precisa ser um estado para ter o direito de uma embaixada”, disse o presidente.

Na Organização das Nações Unidas (ONU) a Palestina é considerada um “Estado observador”, pois não conquistou sua plena soberania. Em 2012 a organização havia decido que a parte Oriental de Jerusalém seria controlada pelos palestinos, mas acabou perdendo esse controle após a Guerra de Seis Dias, em 1967.