Quando um erro de Moisés quase destruiu o seu chamado

As experiências deste homem podem ajudar nas circunstâncias de nossas vidas e nos orientar o caminho a seguir.

FONTE: MINISTÉRIO ENGEL

ATUALIZADO: 17 de julho de 2018

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(Imagem: Youtube)

“E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” (Êxodo 2.12)

Aprender com as experiências de Moisés pode significar o sucesso de um chamado, pois o menino que foi tirado das águas (Êxodo 2.5 e 6) tornar-se-ia um dos maiores líderes que o mundo já viu. Pelo qual podemos extrair muitos aprendizados, como tenho feito ao longo desses mais de 30 anos de ministério.

Após ser resgatado das águas pela princesa egípcia, Moisés fora criado por sua mãe Joquebede, que estrategicamente havia planejado uma maneira de fazer o menino sobreviver à perseguição de Faraó (Êxodo 2.2). A própria filha do rei do Egito foi quem sustentou o menino, pagando um salário para sua mãe (Êxodo 2.9).

Quando Moisés já era crescido, após ter sido criado pela mãe, ele foi levado para a filha do Faraó, que ao ver o menino o amou, garantindo a ele toda a educação necessária para que fosse criado como um príncipe no Egito.

Ao crescer, a Bíblia diz que Moisés passou a observar a forma como seus irmãos hebreus eram tratados pelos egípcios, testemunhando um homem ferindo um israelita, o que provocou uma indignação incontrolável, levando Moisés a matar o egípcio.

Moisés tentou certificar-se que ninguém iria testemunhar o crime que estava prestes a cometer. A Palavra de Deus diz: “E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia” (Êxodo 2.12).

Muitas vezes pensamos que nossos erros, se bem planejados, não terão nenhuma consequência, agimos de maneira errada e pensamos que ninguém poderá nos cobrar por este erro, mas esquecemos de que ainda que possamos esconder do homem nossas atitudes erradas, elas não podem ser escondidas de Deus.

Quando Moisés cometeu aquele crime, acreditava estar fazendo o que era certo, o que era justo. Mas não é correto tentar solucionar um problema ignorando os mandamentos de Deus. O fato é que Moisés não orou antes de agir, não buscou uma orientação divina, mas se utilizou da sua própria força.

Eu tenho aprendido que para que as coisas espirituais possam ser alcançadas de maneira correta, precisamos primeiro nos livrar de tudo o que não agrada a Deus. Moisés certamente se deixou levar pelas emoções e buscou tomar a decisão antes de consultar a vontade do Criador.

O problema é que o crime cometido por Moisés foi testemunhado e ele teve de fugir do Egito, pois as consequências daquele erro certamente custariam sua vida. Ele agora estava caindo do posto de príncipe do Egito, para um fugitivo, procurado por um crime.

A verdade é que ele não soube a hora certa de agir, mas deixou-se levar pelos impulsos da juventude e cometeu um erro que pensou que ninguém havia testemunhado. Escondeu o corpo do egípcio morto na areia do deserto, mas não contava que sua ação teria uma consequência.

Nossa pressa em fazer escolhas muitas vezes resulta em graves erros. Estes erros podem não trazer nenhuma consequência de imediato, mas em longo prazo serão um atraso para as nossas vidas. Foi o que aconteceu com Moisés, seu erro tornou-se o maior atraso para o chamado de Deus em sua vida.

Moisés fugiu do Egito, deixando uma alta posição na sociedade, para ir habitar em Midiã, onde se sentou a beira de um poço, certamente sentindo-se tão desmotivado quanto José quando foi lançado no fundo da cisterna pelos próprios irmãos, tornando-se depois um escravo no Egito.

Porém, Deus queria dar a Moisés uma nova oportunidade para servi-lo, desta vez trabalhando como pastor de ovelhas no sol escaldante do deserto. Pois o deserto é o lugar onde Deus trabalha para nos preparar para sua grande obra.

O erro de Moisés poderia ter custado o seu chamado, mas o Senhor certamente viu o arrependimento do Seu servo e a intenção do coração dele. Por isso, quando Moisés ainda estava no deserto, após a morte de Faraó, o Senhor restaurou o chamado daquele homem (Êxodo 3.2).

Por Joel Engel, pastor, líder do Ministério Engel, em Santa Maria (RS), Conferencista, autor de várias publicações e fundador do Projeto Daniel, que ajuda crianças órfãs em países da África e no Brasil.

 

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