Os 4 níveis de amor em um namoro cristão

Como fazer o namoro, noivado e casamento transbordar de amor verdadeiro.

FONTE: MINISTÉRIO ENGEL, JOEL ENGEL

ATUALIZADO: 12 de junho de 2018

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Quanto custa provar o amor que dizemos sentir? A questão é fundamental para o tema que queremos abordar, pois demonstra o que entendemos como prova de amor. Afinal, casais costumam investir muitos recursos para tentar demonstrar o quanto o amor que sentem, um pelo outro, é realmente grande, conforme tem sido verbalizado nas juras de amor.

De certa forma, buscar recursos para demonstrar o nível de amor não é uma coisa tão absurda, como parece. O fato é que o amor que dizemos sentir precisa ser expresso e certamente a melhor maneira de expressá-lo é por meio da entrega de algum presente. É assim que os casais tentam mostrar aquilo que sentem um pelo outro.

Porém, segundo a tradição judaica, não é exatamente o custo financeiro que importa nesta demonstração de amor, mas o esforço físico, emocional, material e espiritual daquilo que queremos entregar. Para eles este modelo representa os 4 níveis do amor verdadeiro, que deve ser buscado em nossas relações interpessoais.

O amor em 4 níveis é também aquele que Deus sente pela humanidade e que levou o Todo Poderoso a oferecer o próprio Filho em sacrifício. A Palavra de Deus diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

No hebraico, segundo a tradição, esses níveis são: daath, midot, chabad e ahava. Cada um destes níveis de amor representam uma fase do relacionamento, podendo servir de degrau para o mais alto padrão de amor, que é o ahava, o nível de amor verdadeiro, maduro, sadio, sábio e produtivo.

Esses níveis expressam a capacidade que o casal teria de se relacionar profundamente, sendo que este ciclo só se completa se o relacionamento conseguir superar os 4 níveis do amor. Sendo que, partindo deste princípio, o “ahava” é o mais alto de todos os níveis, mas é precedido pelos outros 3 níveis menores.

A primeira fase, nestes níveis de amor, é a “daath”, que pode significar “conhecimento” ou “opinião”. Ou seja, é a fase de início do relacionamento, quando precisamos buscar o conhecer a pessoa, ter uma base para que venhamos a nos relacionar com alguém de caráter, de boa índole.

Ninguém deve iniciar um relacionamento sem antes ter um prévio conhecimento sobre quem são de fato aqueles que se aproximam de nós, e isso vale para qualquer relacionamento interpessoal, seja uma relação de amizade, um romance ou mesmo em uma relação de trabalho, é muito importante o conhecimento prévio sobre as partes envolvidas.

Desta maneira, em um relacionamento cristão, partindo do namoro, é necessário que ter um conhecimento prévio sobre a pessoa que desejamos nos relacionar. Principalmente porque isso irá prevenir o cristão de entrar em um relacionamento abusivo, onde pode haver decepções, frustrações e desapontamentos.

Se entendermos este princípio, que é o de conhecimento, nosso relacionamento poderá evoluir para o nível “midot”, que é quando as emoções começam a aflorar, nascendo os primeiros laços afetivos, que servirão como base fundamental para superar os momentos de dificuldades que possam vir a existir.

As emoções deverão ajudar o relacionamento cristão a alcançar maior maturidade, pois os laços afetivos devem fortalecer o respeito mútuo, fundamental para um relacionamento cristão saudável. Em muitos aspectos, tratando-se de namoro, a saúde emocional do relacionamento é de vital importância.

O terceiro nível, que precede o mais nobre dos sentimentos, é chamado de “chabad”, que significa “sabedoria”. Este nível revela uma fase do relacionamento em que o convívio se torna mais maduro, pois as emoções fracas começam a ser separadas das verdadeiras, fazendo brotar os sentimentos positivos que realmente importam para fortalecer a relação.

O último e mais importante dos níveis, conforme podemos observar, é o nível do amor verdadeiro, que á chamado de “ahava”. É quando o relacionamento ser torna maduro suficiente para saber que o que realmente importa é a felicidade do próximo, a satisfação plena da pessoa amada.

A palavra hebraica “ahava” nasce a partir de duas outras palavras, que são “hav” e “ahav”, a primeira palavra significa “dar”, enquanto que a segunda significa “amado”. A junção destas duas expressões hebraicas forma à palavra utilizada para exprimir amor, que pode abranger o sentido de que “dar é fundamental para amar”.

Portanto, o mais alto nível de amor sempre expressa um sentimento de doação, de oferta, de completa entrega. Somente desta maneira é possível provar que o amor é verdadeiro, doando-se por completo diante de quem se almeja exprimir os mais belos gestos de carinho, respeito e admiração.

É a expressão de amor que Paulo descreve em 1 Coríntios 13:4 – 7: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Concluo afirmando, com todo o zelo que tenho pelos jovens, que o tipo de namoro que deve ser perseguido, é aquele que reflita o relacionamento que temos com Deus. Ou seja, devemos primeiro namorar a Deus, para depois buscar um romance, pois desta forma não corremos o risco de nos afastar do Senhor.

A Bíblia fala sobre o namoro com Deus, quando diz: “Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6.3). E quem conhece ao Senhor deve buscar inseri-lo em todas as suas relações interpessoais.

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