O sopro de Jesus Cristo sobre a vida dos discípulos

Assim como o Arquiteto da Vida soprou o fôlego sobre as narinas da forma de barro e ela ganhou vida, Jesus assoprou sobre os discípulos o Espírito Santo, que dá vida espiritual a todo aquele que crer.

FONTE: MINISTÉRIO ENGEL

ATUALIZADO: 4 de maio de 2018

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“E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (João 20.22)

Depois de constatar que o túmulo de Jesus Cristo estava vazio, Maria Madalena foi a Pedro e João, que correram o local do sepulcro para constatar que o corpo de Jesus Cristo não se encontrava mais na tumba, retornando em seguida para casa (João 20.10).

Apesar de os discípulos terem retornado ao local onde estavam hospedados em Jerusalém, Maria Madalena permaneceu no sepulcro, talvez para derramar as últimas lágrimas no local onde deveria estar o corpo do Mestre. Enquanto chorava, dois anjos se apresentaram a Maria, perguntando por que ela estava chorando (João 20.12).
Aquela era a manhã do primeiro dia da semana, dia 16 de nisã, e o encontro de Maria Madalena com os anjos revelaria o maior milagre que ela poderia desejar que acontecesse, pois foi no momento em que ela respondia a indagação dos anjos, que Jesus Cristo apareceu ressurreto para ela (João 20.14).

Naquela mesma noite Jesus apareceu também para os discípulos (João 20.19), que estavam todos reunidos, com exceção de Tomé (João 20.24). Nenhum deles poderia esperar melhor acontecimento do que aquele, pois se antes eles estavam se sentidos sozinhos e confusos, agora recebiam uma saudação de esperança.

O Senhor adentra o local, cumprimentando os discípulos com as palavras “paz seja convosco”. Jesus usou a palavra “shalom”, uma palavra de origem hebraica que significa literalmente “paz”. E aquelas palavras certamente lembraram o ensino do Mestre em João 14.27, que diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

Eles haviam acompanhado Jesus Cristo por três anos, testemunhado seus milagres e maravilhas, mas naquele momento eles estavam com medo, com medo por causa dos religiosos. É o que a Bíblia diz: “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (João 20.19).

As palavras de Jesus Cristo confrontou aquele medo, lembrou aos discípulos as promessas sobre a paz abundante que o Mestre dos Mestres poderia proporcionar, mas ainda precisavam receber coragem para retomarem suas vidas.
Então, Jesus assoprou sobre eles o Espírito Santo, soprou sobre os discípulos um novo fôlego de esperança. Assim como o Arquiteto da Vida soprou o fôlego sobre as narinas da forma de barro e ela ganhou vida, Jesus assoprou sobre os discípulos o Espírito Santo, que dá vida espiritual a todo aquele que crer.

No hebraico a palavra Espírito Santo é transcrita como Ruach HaKodesh. O substantivo ruach significa, literalmente, “sopro” ou “vento”. Na Bíblia hebraica este substantivo aparece diversas vezes, seja para descrever a atuação do Espírito Santo, seja para enfatizar a inspiração espiritual da vida dos profetas.

Já no Novo Testamento é usada à palavra grega pneuma, que pode ser traduzida como “sopro”. Essa palavra também pode designar o “sopro de vida” e, em algumas ocasiões, é usada para designar o “espírito”. Dependendo do contexto, as palavras ruach e pneuma podem significar “sopro” ou “espírito”.

Quando o homem foi formado do pó da terra (Gênesis 2.7) ele só ganhou vida quando Deus soprou nele o fôlego. O homem não viveu até que Deus soprasse em suas narinas. Podemos ler: “[…] e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2.7).

Os discípulos só receberam o poder do Espírito Santo um mês e meio depois de Jesus ter soprado sobre eles, pois aquela atitude de Jesus foi simbólica, foi uma forma de renovar as forças daqueles discípulos e motivá-los para buscar uma porção maior do poder espiritual.

Joel Engel – Pastor, líder do Ministério Engel, em Santa Maria (RS) e fundador do Projeto Daniel.

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