Fobia Social: Qual sua definição e como trata-la?

FONTE: Ministério Engel

ATUALIZADO: 21 de janeiro de 2014

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Um dos problemas psicológicos tratáveis, que podem prejudicar até mesmo o desenvolvimento ministerial, é a timidez. A Palavra de Deus é clara, quando fala daqueles que se envergonham de levar o evangelho. Como psicóloga, este tema me chama a atenção, pois muitos se envergonham, não da Palavra, mas não conseguem mesmo se expor, evangelizar, falar de Jesus por um problema psicológico grave – porém tratável – que é a fobia social.

Os tímidos, que estão referidos na Palavra são aqueles que se envergonham do Evangelho de Cristo, que se sentem retraídos ao anunciar as Boas Novas do Reino de Deus. Por outro lado sabemos que  muitos cristãos são tímidos, mas anunciam a Palavra de Deus – como no caso de alguns pregadores –vencendo a timidez, se deixando conduzir pelo Espírito Santo e cumprindo com o seu chamado.

 

“Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.“ (Mc 8.38)

Talvez você se ache incapaz, pense que não consegue pregar a Palavra de Deus em razão da fobia social – que é muito mais que timidez, é uma doença, patologia, que requer cuidados, atenção e tratamento. Mas antes precisamos entender o que é essa “fobia social”, que impede muitas pessoas de cumprirem o seu chamado e até mesmo de frequentar a Casa do Senhor. 

O que é fobia social?

A pessoa que sofre de fobia social tem um medo irracional, resultando na fuga de atividades ou situações específicas, por ela temidas. O paciente percebe, conscientemente, que o medo é infundado, irracional, mas não consegue controlar sua ansiedade, seu medo diante de situações sociais, tendo inclusive, sintomas físicos desconfortáveis, em alguns casos, mais severos. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, a fobia social é um “medo intenso, persistente e crônico de estar sendo observado e julgado pelos outros e de ser envergonhado ou humilhado por suas próprias ações”. 

O Manual de desordem mental (DSMIV) o define por  medo de humilhação ou desconforto em lugares públicos. As fobias sociais incluem medos, como os de comer em restaurantes, urinar em banheiros públicos, realizar apresentações de escola, ou atividades de lazer publico.

– O que diferencia a fobia social de timidez? 

Na Timidez, a pessoa tem dúvidas em relação à capacidade de seu desempenho, mas seu ego pode receber críticas e é capaz de fazer críticas, enquanto que na Fobia Social, o individuo tem o seu ego muito frágil e tem a percepção do outro como alguém sempre pronto a tirar proveito dessa situação.

Timidez causa vergonha, mas a pessoa acaba realizando o que deseja, se expõe, quando necessário. Tímidos não deixam de viver em sociedade. Já a fobia social é um transtorno mental no qual o indivíduo faz tudo para se esquivar, evitar determinadas situações e pode passar por sérios problemas de  vivência social e psicossomáticos. O sujeito com esse transtornos deixa de conviver com pessoas desconhecidas, não por serem antissociais ou por não  gostarem destas pessoas, mas por medo de desaprovação. O medo, neste caso, é irracional, o que pode se associar à dependência de drogas e a transtornos psiquiátricos importantes. Já a timidez – comum na adolescência – não necessariamente está ligada e / ou associada a transtornos e a uso / abuso de drogas. 

– Quais os sintomas de fobia social? 

Ansiedade, quando exposta a situação fóbica; depressão; medo inexplicável; pensamentos recorrentes; sensação de que alguém possa estar perseguindo; porém pode perceber, em algum momento, que esta sensação não é normal.  Em muitos casos, a fobia social pode se associar à dependência de álcool e / ou drogas e deve incluir estes fatores nos diagnósticos. 

Sintomas físicos:

Os sintomas de ansiedade, que surgem nessas situações costumam ser palpitações, tremores, sudorese, desconforto gastrointestinal, diarréia, tensão muscular, rubor facial, etc.

– Como é feito seu diagnóstico?

Avaliando a existência de outros possíveis transtornos psicológicos / psiquiátricos, como esquizofrenia, transtornos de personalidade, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno paranoide de personalidade e transtorno evitativo de personalidade, estes podem estar associados e / ou presentes, dependendo do caso do paciente. Se a pessoa tem menos de dezoito anos de idade, as crises devem ocorrer por pelo menos seis meses. Porém a presença de alguns desses transtornos, não necessariamente indicam fobia social. Deve-se prestar muita atenção na similaridade de sintomas, que podem ser passageiros, e não característicos de determinado sintoma.

Alguns critérios para diagnósticos, por exemplo.

• Medo persistente de uma  ou mais situação, ser incapaz de falar em público.

• Engasgar com alimento  ao comer diante dos outros 

• Tremer ao escrever na frente dos outros 

• Dizer coisa tolas e não ser capaz de responder perguntas em situações sociais

• A situação fóbica é tolerada com bastante ansiedade ,

• O comportamento de evitamento, interfere consideravelmente na vida  social habituais em relação aos outros , evitando para não gerar ansiedade.

• A pessoa reconhece que seu medo é excessivo e irracional 

– Existe tratamento para a fobia social? No que consiste?

Algumas terapias têm se mostrados eficientes. Citarei algumas delas:

Terapia comportamental: O tratamento mais estudado, que tem mostrado resultados mais eficientes é a terapia comportamental, dentre as técnicas, podemos citar a dessensibilização sistemática, criada por  Joseph Wolpe.

A psicoterapia orientada por Insight também se mostra eficiente, porém requer alguns cuidados específicos. O terapeuta não  deve se ater apenas a sintomas fóbicos, mas em indicações positivas da estrutura do ego e padrões de vida do paciente. Essa terapia possibilita que o paciente compreenda a origem do seu medo, da fobia, o fenômeno do ganho secundário e o papel da resistência. O ajuda, também a desenvolver formas mais saudáveis de  lidar com estímulos geradores de ansiedade.

Outras modalidades também têm sido usadas, como a hipnose, por exemplo e a terapia de apoio familiar – como forma de mútuo ajuda.

O tratamento da fobia social envolve remédios? 

Sim a Farmacoterapia  é indicada, como coadjuvante da terapia comportamental ou para pacientes, nos quais  a terapia for ineficaz. Para estes pacientes, medicamentos controlados e prescritos por psiquiatras podem ser associados à terapia orientada por insigtht.

É um tratamento para a vida toda? Ou existe um momento de cura?

Sim, o tratamento pode se simples e eficaz, mas tem que depender da disponibilidade do paciente, primeiro em reconhecer que tem esse problema, buscar ajuda de um profissional preparado, fazer um diagnóstico confiável preciso e ser disciplinado com a terapia. Aos poucos volta-se à vida normal, sem medos e ansiedade inexplicáveis e estressantes.

Como cristã, posso dizer a você que o verdadeiro amor lança fora todo medo e, que Jesus ama você e te aprova. Ele jamais te condenará por estar falando dEle. Muito pelo contrário, Ele se orgulhará de você!

Marisa Lobo 

Psicóloga e conferencista 

www.psicologicrista.com.br 

Fonte: Guiame

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