Não existe nada mais latente em nosso século quanto o egocentrismo. O que em si para si, parece ser a tônica do momento. Em todas as camadas sociais, em cada núcleo, em cada micronúcleo, em cada ser, cada vez mais latente está o “eu” e sem dúvidas aí está nossa destruição.

Tudo que vemos na nação, movimentos partidaristas, movimento de rua, manifestações diversas, expressões em mídia, cada vez mais latente o pensar unitário e nunca pela massa, e os que tentam pensar pela massa, ao fim por si mesmo estão pensando.

Estamos inseridos em um contexto tão arraigado do “em si, para si” que não percebemos mais o próximo, e quando percebemos o próximo, logo uma câmera aparece em nossas mãos para um post rápido e enfim os aplausos (estamos amando a moda de Kant – “se não ama, faça como que se amasse. ”).

O desafio para nós começa na busca vivaz pela vida que não é a nossa, pela solução de problemas que não são os nossos, pela saúde de quem nem mesmo convivemos de perto para nos compadecemos. O nosso desafio este aplicado na dissolução do eu, no derribar das minhas vontades por mim. Nosso desafio está no erguer de uma torre de abrigo alheio, de um mover interno para jorrar rios que outros tantos bebam, e que nós entendamos que o rio não bebe de si mesmo. Nós como filhos de Deus, temos o desafio de no mínimo funcionar como Ele, que amando o mundo de “tal”, deu seu unigênito por todos.

Onde está a palavra que diz: “orai uns pelos outros…?” Acredito que longe de nós, visto que o nosso problema é sempre maior, nossa vida é sempre a amis necessitada, nossos medos são sempre os principais diante de Deus, o desafio está de fato em deixar de viver nossas próprias vidas e passar a viver a vida de Deus no próximo.

Recordemos de um fato interessante apresentado no evangelho segundo Marcos. Vejamos:

“E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava. E seguiram-no Simão e os que com ele estavam. E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam.” Marcos 1:35-37

Perceberam o fato que se revela no texto. Jesus após curar a muitos, vai se retirar para lugares solitários logo pela madrugada. A retirada de Jesus causa um alvoroço no povo, visto que existe no povo um desejo por mais milagres, mais libertações, mais e mais… onde Está Jesus? Essa é a pergunta feita por todos, todos precisam dEle, inclusive os próprios discípulos o precisam.

Se você estivesse nos lugares dos discípulos, qual seria sua reação, sabendo onde Ele está e a multidão não sabendo? Logico que nesse momento você está dizendo que buscaria Jesus por eles, não é?  Mas, o que tem feito hoje em suas orações? Certamente pouco pelos outros, e muito por si mesmo.

Mas note que os discípulos estão de fato buscando a Jesus, porém, a frase é: “a multidão te busca…”, eles entram em lugares solitários, a caminho do deserto, deixam seu próprio conforto, e lá vai eles, buscar por quem precisa.

Lição magnifica, deixar o próprio conforto, deixar seu próprio egoísmo, suas necessidades, entram em lugares solitários pela necessidade do povo.

 O desafio de hoje é entrarmos nas cortes celestes, sair do nosso conforto, deixar nossas necessidades, e buscar pelo coletivo, pois todas as vezes que assim fazemos, atraímos com muito mais afinco e verdade as bênçãos para nossa vida.

Fonte: www.ministerioengel.com

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