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Na tarde desta segunda-feira (10), no mesmo dia em que o mundo celebra os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, receberam da Ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a autorização legal para exercerem os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente, no período de 2019 a 2022. Isso significa que no próximo dia 01 de janeiro, eles estarão aptos a receberem do então Presidente Michel Temer, a faixa presidencial.

Na presença de várias autoridades políticas e jurídicas, entre outras personalidades, Bolsonaro foi ovacionado ao ser convidado a entrar no auditório. A entrega do diploma foi feita logo no início da cerimônia. Antes de entregar o diploma à Bolsonaro, Weber leu o conteúdo do mesmo:

“Pela vontade do povo brasileiro expressa nas urnas, em 28 de outubro de 2018, Jair Messias Bolsonaro, candidato pela coligação ‘Brasil acima de tudo, Deus acima de todos’ – PSL, PRTB, foi eleito Presidente da República Federativa do Brasil. Em testemunho deste fato, a Justiça Eleitoral expediu-lhe esse diploma, que o habilita à investidura no cargo perante o Congresso Nacional em 1 de janeiro de 2019, nos termos da Constituição. Brasília, 10 de dezembro de 2018”.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro começou agradecendo a Deus por estar vivo e por receber a missão de comandar o poder executivo: “Tenho certeza que ao lado Dele venceremos os obstáculos”. Fazendo um breve histórico da sua carreira militar e política, Bolsonaro disse que sempre se pautou pela “defesa dos valores da família, pelos interesses do Brasil e pela soberania nacional”, o que levou também para a sua campanha. Agradeceu o apoio da família, dos eleitores e também de quem não votou nele, afirmando que governará em benefício de todos. “Os desejos de mudança foram expressos de forma clara nas eleições (…) A construção de uma nação mais justa e desenvolvida requer uma ruptura com práticas que historicamente retardaram o nosso progresso”. Consciente dos desafios, ele finalizou prometendo trabalhar com afinco para que no final desses 4 anos “possamos olhar para trás com orgulho pelo caminho trilhado, em benefício do nosso amado Brasil” e que com a união de todos irá resgatar o orgulho de ser brasileiro, das cores da bandeira e da força do hino nacional.

A ministra Rosa Weber, em sua fala, explicou que a diplomação, mais do que uma solenidade, é a celebração da vitória da democracia, “cuja essência reside na consagração da vontade popular majoritária a conferir aos vencedores das eleições de 2018 a unção da legitimidade política que os qualifica a serem diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral, como Presidente e Vice-Presidente da República Federativa do Brasil”. Sempre se referindo ao processo democrático do resultados das urnas, que expressou a vontade popular, e citando artigos da Declaração dos Direitos Humanos da ONU, Weber finalizou lembrando as próprias palavras de Bolsonaro, que disse que governaria o Brasil embasado na Constituição do Brasil, o norte da Democracia.

Oração antes da Diplomação

Além da família, o presidente eleito levou um convidado especial para a cerimônia de Diplomação: o pastor Josué Valandro Jr, da Igreja Batista Atitude da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, Igreja frequentada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em uma sala reservada aos ministros da Corte, eles fizeram uma oração na sala, alguns instantes antes da solenidade.

Também estavam presentes durante a oração, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.

O Apóstolo Joel Engel, apoiador do próximo presidente, elogiou a atitude de fé de Bolsonaro: “De fato ele tem se mostrado ser um governante diferente, sempre colocando Deus na frente de tudo, por isso eu creio e profetizo que as portas estarão sempre abertas adiante dele e de sua equipe de governo. Vamos continuar orando pois ainda serão travadas algumas batalhas. Que o Senhor o ajude e ajude o Brasil”.