Eliseu, um filho nos quatro níveis

O poder da comunhão entre pais e filhos, filhos e pais.

FONTE: GUIAME, JOEL ENGEL

ATUALIZADO: 2 de outubro de 2018

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Eliseu era um filho nos quatro níveis. (Imagem: Amigo da EBD)

“Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti” (2 Reis 2.9a).

Não há nada mais poderoso sobre a Terra do que um filho caminhar de mãos dadas com seu pai. Foi assim com Eliseu e Elias, foi assim com Jesus Cristo e o Pai Celeste. E será assim com todos os filhos que tiverem o coração ligado ao pai. Este tem sido o maior desafio de todas as famílias, de todos os pais e filhos, andarem juntos até o final da vida.

Em Malaquias capítulo 4 versículo 5, que é o texto chave da nossa Escola Profética Unção de Elias, nós enfatizamos que a unção de Elias é derramada quando há conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Ainda que pareça algo tão simples, este é um princípio muito poderoso. A comunhão entre pais e filhos é algo de grande poder.

Pais e filhos juntos são invencíveis, imbatíveis, porque foi assim que Deus criou o homem, para se relacionar com Ele como em um relacionamento paterno. Em plena união, unidos em espírito e em verdade. Quando Adão estava unido com o Pai, em espírito e em verdade, a Terra era um paraíso. O Jardim do Éden estava aberto, havia paz e prosperidade em todos os sentidos.

Naquele jardim, o homem era imortal, era a imagem e semelhança do Criador, tinha em si toda a plenitude de Deus. Assim era o homem unido com o Pai. E essa é a mensagem a todos os homens ainda hoje: Deus quer ser o Pai da humanidade, quer acolher os homens como filhos, quer exercer a função de pai. Para isso o filho precisa entender qual é a sua função.

É este o ensinamento mais forte que Eliseu nos passa. Ele era um filho nos quatro níveis, acompanhando seu pai espiritual em todo o tempo, sempre muito próximo, trabalhando junto. Isso nos lembra que o pai tem que ver o filho e o filho precisa ver o pai, este é o primeiro nível, a presença física.

O segundo nível é a presença emocional, Eliseu era amigo de seu pai espiritual, Eliseu e Elias tinham um relacionamento de respeito mútuo. Havia companheirismo, amizade, troca de ideias, descontração e intimidade.

No terceiro nível, Eliseu era um provedor, estava ali para prover aquilo que Elias precisava. Alcançava água, lhe entregava a toalha, carregava sua capa, estava ali para trazer aquilo que o pai necessitasse. E também era ligado ao pai como intercessor, aprendiz, profeta, no exercício do ministério.

A unção de Elias na vida de Eliseu é uma promessa que Deus me deu no início de meu ministério: que a unção de Elias estava sendo derramada sobre a terra novamente e estes seriam os últimos dias. O Senhor estaria derramando desta unção de forma multiplicada para levantar profetas, e estes vão preparar o caminho para a volta de Jesus.

Vamos aprender sobre o que é necessário para receber essa unção, seguindo o exemplo de um homem muito especial. Um homem da Bíblia que conseguiu a “unção de Elias” e a recebeu em porção dobrada: Eliseu, um verdadeiro filho nos quatro níveis. Esse é o título do meu novo livro, lançado neste ano na Escola Profética Unção de Elias.

Primeiramente, é preciso lembrar o que está envolvido neste ciclo de unção, neste estágio espiritual que é narrado no Antigo Testamento. Deus havia falado há muito tempo com o profeta Elias, no Monte Horebe (1 Reis 19.16), dando instruções precisas sobre seu sucessor, Eliseu.

Nesta passagem bíblica já aprendemos uma importante lição sobre Elias, na qual parte do sucesso de um ministério profético está em ter filhos-profetas que se tornam sucessores. Mas nosso foco neste artigo não é o ministério de Elias, mas o de Eliseu, como este jovem foi preparado para suceder o grande profeta de Israel.

É evidente que, ao analisarmos a história de Elias e Eliseu, sabemos que a maior responsabilidade era de que ia instruir, preparar, treinar e orientar o sucessor. Elias tinha a como missão se tornar um pai-profeta, transmitindo o melhor a seu filho espiritual. O sucesso do ministério de Eliseu dependia muito da dedicação de Elias, mas também em seu empenho em receber toda a instrução.

Precisamos entender que, apesar de toda a experiência, ainda que o maior empenho do discipulador, ele só terá efeito se estes ensinamentos forem aceitos. Eliseu aceitou o chamado, iniciou sendo um discípulo, mas com o passar do tempo foi alcançando credibilidade diante de Elias e se aprofundando em seu relacionamento com Deus.

Após ter acompanhado o grande profeta Elias, andado ao lado dele como discípulo e aprendido tudo o que precisava, Eliseu tomou uma decisão que colocou ele em outro nível. Ele decidiu permanecer com Elias, decidiu que continuaria andando ao lado dele, mesmo após já ter sido formado profeta.

A Palavra de Deus diz que por mais de uma vez ele declarou a Elias: “Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei” (2 Reis 2.4). Essa declaração foi fundamental para iniciar uma mudança surpreendente no nível de aprendiz que ele se tornaria. Como profeta ele já estava formado, mas agora ele queria receber a unção de filho.

Quantos líderes que já se sentem “prontos” e “preparados” para exercerem o chamado ministerial, e por isso deixam de buscar um nível maior de unção? Há tantos que após formados, instruídos e ensinados, abandonam aquele que os acolheu, deixando de lado o pai espiritual. Quando filhos-profetas abandonam o pai-profeta, deixam para trás também a unção dobrada.

A fama de Elias lhe precedia, por isso, os filhos dos profetas seguiam seu exemplo. Por mais de uma vez, ao longo da narrativa bíblica, nós podemos ver a declaração de que os filhos dos profetas se apresentaram a Elias. E em uma destas reuniões, eles declararam a Eliseu o que estava prestes a acontecer.

“Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos.” (2 Reis 2.3)

Em três ocasiões eles declararam a Eliseu: “Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça?”. No entanto, ele responde “sim, eu sei, mas calai-vos!”.

O que Eliseu estava declarando, é que apesar de saber que o profeta lhe seria tirado, ele ainda assim precisava estar ao lado dele. Ele continuaria andando ao lado de Elias até que houvesse uma oportunidade de ele receber o que desejava.

Quando Elias e Eliseu chegam ao rio Jordão, Elias pega seu manto, bate nas águas e estas se abrem e ambos atravessam o rio seco, enquanto os filhos dos profetas estão contemplando a situação de longe.

Essa oportunidade chegou quando Elias diz a Eliseu: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti” (2 Reis 2.9a). E Eliseu lhe diz: “Peço-te que haja sobre mim porção dobrada de teu espírito” (2 Reis 2.9b).

A porção dobrada que Eliseu reivindicou foi a sua herança, que lhe correspondia como um filho nos quatro níveis (físico, emocional, sentimental e espiritual), uma conversa profunda aconteceu além do Jordão. Só um pai poderia fazer tal proposta e só um filho poderia pedir algo tão precioso.

Depois de cumprir todas as obrigações como filho, então ali na hora da partida, que Elias vai partir, a tarefa do pai também é nos quatro níveis. Era também dar a sua presença física, sua presença emocional, a sua provisão e encaminhar o filho em um destino. O pai tem poder de abençoar o filho e Elias usa este poder.

Concluo deixando a você uma oportunidade de aprender mais sobre este tema. Através da loja geracaojubilar.com é possível adquirir o livro “Eliseu, Um Filho nos Quatro níveis”.

Por Joel Engel, pastor, líder do Ministério Engel, em Santa Maria (RS) e fundador do Projeto Daniel, que ajuda crianças órfãs em países da África.

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