ATUALIZADO: 21 de julho de 2017
O título “Gênesis”, que significa literalmente “começo” e vem da palavra grega “γενέσις”. Esse título foi dado ao livro pela tradução grega do Velho Testamento, chamada Septuaginta. O título hebraico para esse livro é retirado das primeiras palavras do livro: “berēshith” e significa “no princípio”. Esse título é certamente apropriado, pois além de demonstrar o princípio do universo, do homem e do povo de Deus, Gênesis também prepara o terreno para a plena compreensão da fé bíblica.
Estamos nos aproximando de nossa Escola Profética Setembro onde esperamos lideres de várias nações. O Tema “Faça- teu Filho” é muito rico e vamos nos aprofundar no estudo original do Hebraico para dar uma maior compreensão do que aconteceu com a queda do Homem e o que fazer para ser restaurado a comunhão do Pai com seus filhos.
Creio que o homem caído perdeu a noção do que significa ser “filho”e as bênçãos de que recebia na presença de Deus.
A compreensão do projeto original de toda a criação manifesta por Deus é de suma importância para entendermos melhor este assunto.
Compreender o projeto original de toda a criação manifesta por Deus, seu funcionamento preciso, é de grande importância, pois só assim compreenderemos de fato o porquê estamos onde estamos. Cada pequeno detalhe foi pensado para funcionar em uma engrenagem perfeita, mas essas engrenagens perfeitas são ignoradas aos olhos da religião.
Os princípios da criação
A criação de Deus tem pelo menos cinco pontos básicos: princípio da terra, princípio da imagem, princípio da semelhança, princípio do domínio e princípio do Éden. Esses princípios revelam o funcionamento da criação, com propósito final na vida do homem, que é a coroa da criação divina.
Os princípios funcionam interligados entre si, vejamos:
O Jardim não é o Éden
“Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os lados do leste; e ali colocou o homem que formara”. Gênesis 2:8.
Em Genesis 2.8 temos a aplicação da preposição “no”, isto é, unidos e não fundidos. Ao observar o Éden e o jardim nesse versículo temos a certeza que sua união. Imagine dentro de um copo você depositar agua e óleo, lógicos que estão unidos, porém não estão fundidos, cada qual sua própria característica, não se mistura, mas estão juntos num mesmo lugar. Assim era o Éden e o Jardim, estavam unidos, porém não misturados, pois o ser que comportava duas naturezas em si ainda não estava no Jardim.
“O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo”. Gênesis 2:15.
Agora observe o versículo 15 de Gênesis 2, onde a preposição muda para “do”, agora temos a ideia de um dentro do outro, de unicidade, de fusão perfeita, por que? Agora temos a presença do homem no jardim, e o Éden se funde ao mesmo, visto que o Éden é um ambiente espiritual.
Benefícios da cobertura do Jardim
Sabendo que o Éden é uma cobertura espiritual que cobria toda a criação divina, temos agora que observar os motivos de sua presença na criação, visto que dele procedia o rio que mantinha o jardim.
Na criação o que ligava a fonte (Deus) a toda a criação era o rio que vinha do Éden, que tinha sua fonte em Deus nas regiões celestiais. O rio que provinha dessa região espiritual em Deus trazia consigo o fluir da autoridade divina que, por sua vez mantinha a autoridade do homem funcionando perfeitamente.
Hadah e kabash
Os dois níveis de autoridade sobre a criação: Domínio(hadah) e Submissão (kabash).
A autoridade e a ação dada ao homem tinham como fonte e sustentação a cobertura espiritual proporcionada pelo Éden. O domínio e a supremacia sobre toda a criação dada ao homem. A submissão é a ação dada para a supremacia, uma interligada a outra, e o homem ligado em Deus.
A cobertura do Éden é o que transmite autoridade para o homem, o homem por sua vez é o receptor. Estando debaixo da cobertura ligado em Deus pelo Éden o homem tinha além dos níveis de domínio e submissão, também os cinco níveis de bênçãos.
Cinco níveis de bênçãos
A queda do homem e a saída da cobertura
Bênçãos profundas eram reservadas no projeto original, mas após a queda do homem este acesso foi interrompido, Deus em sua grande misericórdia criou meios na lei para que o homem desfrutasse do melhor da terra (Isaías 1.19).
Após a queda, ao sair da cobertura original do Eden, o homem permanece com o direito de domínio e submissão, mas agora pelo seu esforço. Para que o homem torne a viver o projeto original da gratuidade da benção continua, ele deve estar debaixo da cobertura de paternidade.
S’mikhah
Na antiga aliança através dos pais, reis, sacerdotes, profetas, e juízes; na nova aliança através dos pais, apóstolos, pastores, profetas, evangelistas e mestres. São homens separados por Deus para transmitir a benção e para permitir a atuação e a isso se dá o nome pela Bíblia de “S’mikhah” (autoridade por imposição).
Debaixo da autoridade e de cobertura espiritual de homens separados por Deus para tal, podemos fluir em nossas vidas através das bênçãos em Cristo Jesus, nosso Senhor, tendo a paz que excede todo entendimento a nosso favor, alcançando diariamente aquilo que já existe (2Pe 1.3a), desfrutando agora de uma aliança ainda maior, pois através da S’mikhah podemos viver em plena atuação em Deus ao que nos foi dado no projeto original (Gn 1.26), domínio e submissão.
Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”. Gênesis 1:26.
Fonte: www.ministerioengel.com
Joel Engel