Santa Maria tem água garantida por mais duas décadas

FONTE: Ministério Engel

ATUALIZADO: 7 de fevereiro de 2015

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A Barragem do DNOS, localizada próximo ao Bairro Campestre, é responsável por 30% da água de Santa Maria (Foto Deivid Dutra/ A Razão)

Alessandra Noal

Em Santa Maria, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) produz no verão, aproximadamente, 70 milhões litros de água que são disponibilizados diariamente aos consumidores. Esta é a época do ano em que ocorre o maior consumo de água tratada no município.

Para aumentar a disponibilidade de água na cidade, em cerca de 2,16 milhões de litros por hora, ou seja, 52 milhões de litros por dia, a Corsan está construindo uma nova adutora de água bruta. A tubulação foi assentada ao longo da estrada para São Martinho da Serra. Trata-se de uma adutora em ferro fundido, com extensão de aproximadamente 15 quilômetros, com custo de implantação superior a R$ 15 milhões. Ela duplicará a capacidade de adução do Sistema Ibicui-Mirim, de onde partem as barragens de Val de Serra, em Itaara, e São Martinho.

De acordo com superintendente adjunto da Corsan em Santa Maria, José Roberto Epstein, em 2015 será licitada a interligação para aproveitamento da nova adutora. “Paralelamente a isso, a Corsan está elaborando um projeto para estender essa adutora até a barragem Saturnino de Brito, que eliminaria a necessidade de bombeamento de água previsto para ser implantado no Scremim (localidade do distrito de Santo Antão)”, explica.

Epstein salienta que é importante observar que a Companhia já disponibiliza de R$ 8,5 milhões para executar a obra do bombeamento, e caso se consiga liberação junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para implantar a adutora dentro da reserva biológica, esse investimento será na nova adutora.

“Essa adutora aumentará em 70% a disponibilidade de água para Santa Maria, podendo inclusive ser utilizada toda a água necessária da Barragem Rodolfo Costa e Silva (Val de Serra), trabalhando com a Barragem do DNOS como uma reserva técnica”, explica Epstein.

Hoje, existem três barragens no município. A Barragem Saturnino de Brito, localizada na Reserva Biológica em São Martinho, que é apenas uma barragem de nível de onde partem as adutoras. A Barragem Rodolfo Costa e Silva, localizada em Itaara, responsável por 70 % da água produzida em Santa Maria. E, por fim, a Barragem do DNOS, localizada próximo ao Bairro Campestre do Menino Deus, responsável por 30% da água de Santa Maria.

Segundo Epstein, a reservação de água das três barragens tem a capacidade de suprir a demanda da cidade por mais de 400 dias sem chuvas. “São mais de 32 bilhões de litros de água disponíveis. Ou seja, se ficássemos mais de um ano sem chuvas, ainda assim teríamos água suficiente para o abastecimento da cidade”, afirma.

Atualmente, a Corsan possui um contrato de R$ 1,2 milhões para estudo de concepção e elaboração de projetos para ampliação do Sistema de Abastecimento de água do Município para os próximos 40 anos. “Esse estudo indicará se para o futuro será necessário um novo manancial para captação de água. Entretanto para os próximos 20 anos está garantida com o atual conjunto de barragens”, finaliza.

Desperdício – Reportagem do Jornal A Razão revelou que, todos os dias, 25 milhões de litros de água são desperdiçados na cidade. A maior parte é em função de vazamentos. Conforme a Corsan, Santa Maria apresenta índice de 37% de desperdício, o equivalente à média nacional e superior à estadual.

Fonte: Jornal A Razão

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