Lição 10 – Parashá Yitro (Jetro)

FONTE: Ministério Engel

ATUALIZADO: 5 de fevereiro de 2015

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A lição da escola profética desta semana é a Parashá Yitro (Jetro) uma das porções da Torah. Porque assim como Deus mandava o Maná todos os dias, e no sábado vinha o maná dobrado, assim também, toda palavra que é liberada a cada semana, que são as parashás, vem um Mazal que é uma unção para cada semana.

A Parashá desta semana começa hoje 06/02 e vai até o dia 13/02.

Ex 18.1–20.23 / Is 6.1–7.3; 9.5,6 / Mt 5:8-20

Na Parasha desta semana aprendermos como o Eterno cuida de seus filhos enviando pessoas para nos aconselharem e nos mostrarem o melhor caminho a ser seguido. Nosso chamado não deve ser negligenciado, porém temos de exer-cê-lo com sabedoria e entendimento a fim de não “estragarmos” os projetos do Eterno. Veremos também como o Eterno deu a Moshe seus mandamentos e qual é o seu significado para nós hoje!

 Tudo tem início com uma visita que Jetro – sogro de Moshe – faz a ele no deserto. “Ora Jetro, sacerdote de Midiã, sogro de Moshe, ouviu todas as coisas que D-us tinha feito a Moshe e a Israel seu povo, como o Senhor tinha tirado a Israel do Egito” (Êx 18:1). O sogro de Moshe era um homem de elevada posição na sociedade midianita, pois ele era sacerdote. A palavra utilizada aqui no hebraico é a mesma que é usada para falar dos sacerdotes do Senhor. Ele é chamado de cohen, que significa, oficial-mor, sacerdote. A idéia da raiz khn pode ser a de “servir como ministro”. Neste verso a palavra D-us em hebraico é Elohim. Já a palavra Senhor é o tetragrama! 

A visita de Jetro tinha um caráter importante, pois ele trazia de volta a mulher de Moshe, Zípora, assim como seus filhos Gerson e Eliézer. Eles haviam sido enviados a casa de Jetro a fim de passarem um tempo ali. Mas havia chegado o momento do retorno e agora, enquanto Moshe e o povo de Israel peregrinam pelo deserto, seu sogro e sua família vem ao seu encontro. 

Moshe segue o ritual oriental quanto à recepção dos amigos e daqueles que se chegam à sua casa: “Então saiu Moshe ao encontro de seu sogro, e in-clinou-se, e beijou-o, e perguntaram um ao outro como estavam, e entraram na tenda” (Êx 18:7). Depois de tanto tempo separados, agora Moshe e seu sogro encontram-se e conversam sobre os fatos que decorreram enquanto estavam separados. Jetro ouve a Moshe atentamente e se alegra por não só saber como também em ver o que o Eterno fizera pelo povo de Israel. “E Moshe contou a seu sogro todas as coisas que o Senhor tinha feito a Faraó e aos egípcios por amor de Israel, e todo o trabalho que passaram no caminho, e como o Senhor os livrara. E alegrou-se Jetro de todo o bem que o Senhor tinha feito a Israel, livrando-o da mão dos egípcios. E Jetro disse: Bendito seja o Senhor, que vos livrou das mãos dos egípcios e da mão de Faraó; que livrou a este povo de debaixo da mão dos egípcios. Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses; porque na coisa em que se ensoberbeceram, os sobrepujou” (Êx 18:8-11). Certamente Jetro já conhecia a “fama” do Eterno, porém nunca pudera deparar-se com tal situação: estar diante do povo que o próprio D-us resgatara com sua poderosa mão e presenciar um milagre vivo diante de si. Tal fato fez com que Jetro confessasse que “o Senhor é maior que todos os deuses…” E isso não é normal, pois este homem era um sacerdote, e muito provavelmente de uma divindade pagã! Com suas palavras ele reconhece que os deuses a quem ele e seu povo servem são inferiores ao Senhor…

Como consequência desta confissão, Jetro toma consigo dádivas para oferecer ao Eterno: “Então Jetro, o sogro de Moshe, tomou holocausto e sacrifícios para D-us; e veio Arão, e todos os anciãos de Israel, para comerem pão com o sogro de Moshe diante de D-us (Êx 18:12). A palavra holocausto em hebraico é olã, que significa oferta queimada, sacrifício queimado. A explicação oficial da tradução da palavra é que a fumaça da oferta sobe ou ascende à D-us. Este é o sacrifício totalmente queimado. Ele é apresentado primeiro, pois é uma oferta. A palavra sacrifícios é zebah, que significa um animal que é sa-crificado. Tem o sentido de cumprir o mandamento. Estes sacrifícios são ofere-cidos à Elohim, o Criador de todas as coisas! Jetro com este ato diz: “eu reconheço que o Eterno D-us de Israel é o criador de todas as coisas e que é superior aos deuses a quem sirvo, por isso eu lhe presto culto neste momento”! Aleluia! Este homem que não tem um relacionamento com o Eterno assim como Moshe e o povo de Israel reconhece quem é o Senhor!

A partir de então, após a confraternização entre Moshe e Jetro, já no dia seguinte tudo volta ao normal. “E aconteceu que, no outro dia, Moshe assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moshe desde a manhã até à tarde” (Êx 18:13). Moshe retorna às suas atividades – que nada mais são que o seu ministério – independente de Jetro ainda estar com eles em sua casa. O cerne do ministério de Moshe enquanto estavam parados consistia em julgar o povo. A palavra julgar em hebraico é shapat. Ela tem o sentido de exercer o processo de governo. Ou seja, Moshe agia como um governante que toma sobre si a responsabilidade de instaurar a ordem entre seu povo. O julgar as causas do povo era uma parte deste processo. Enquanto Moshe trabalha o seu sogro somente observa o que está acontecendo e dá-lhe um sábio conselho: “Vendo, pois, o sogro de Moshe tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?”- (Êx 18:14). Jetro acha aquela forma de administrar um tanto quanto estranha e diz ainda a Moshe: “O sogro de Moshe, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. Ouve agora minha voz, eu te aconselharei, e D-us será contigo. Sê tu pelo povo diante de D-us, e leva tu as causas a D-us; e declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a D-us, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se isto fizeres, e D-us to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar” (Êx 18:17- 23). 

Analisemos então os fatos:

1.Jetro aconselha Moshe a repartir o trabalho, criando assim novas funções para outras pessoas partilhem do ministério. Se isso não fosse feito ele seria atingido pela exaustão (Ex 18.18). A palavra desfalecer significa “estar (ou ficar) em estado de exaustão extremo”. Jetro percebe que a forma como Moshe está trabalhando o levaria a um estado de total desgaste físico mental e espiritual! Isso nos ensina que não devemos nunca trabalharmos sozinhos, pois tal atitude pode provocar um desgaste tão grande em nós que nos colocaria numa cama durante muito tempo! Vamos pensar um pouco na situação de Moshe: ele estava à frente de aproximadamente 2.400.000 (dois milhões e quatrocentas mil pessoas). Suponhamos que apenas 0,5% (meio por cento) dessas pessoas viessem a ele para terem suas causas resolvidas. Isso implicaria em ter que atender a 12.000 (doze mil pessoas) por dia! Para que essas pessoas todas fossem todas atendidas em 24 horas ininterruptas, cada uma teria de ser atendida em 12 segundos! Isso é claramente impossível! Jetro mostra a Moshe que ele só não poderia dar conta de todo o povo!

2.Jetro aconselha a Moshe que “e declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer” (Ex 18.20). Jetro aconselha Moshe a “declarar os estatutos ao povo…”. A palavra declarar em hebraico é zakar e significa declarar, recitar, proclamar, recordar, relembrar, lembrar. O que deveria ele declarar ao povo? Os estatutos, que em hebraico é hoq e significa estatuto, costume. O substantivo masculino vem da raiz haqaq que significa “riscar”, “entalhar” e daí “escrever”. Aqui significa regra, prescrição. A outra coisa a ser declarada é a torah, que significa lei, ensino. Refere-se ao conjunto de ensinamentos e regulamentos específicos que devem ser ensinados. Sabemos que segundo as tradições judaicas o ensino dá-se pelo exemplo! Jetro está dizendo a Moshe: “Moshe primeiro ensine o povo aquilo que o Eterno lhe ensinou para que eles possam errar menos! Quem é bem ensinado erra menos naquilo que aprendeu”!

3.A outra coisa que Jetro aconselha a Moshe é que ele nomeie outros para o ajudarem! Ele sabia que quando a carga é dividida ela se torna mais leve! Mas, que tipo de pessoas deveriam ser nomeadas para servirem à D-us no ministério com Moshe? “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, te-mentes a D-us, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez” (Ex 18.21). Estes homens deveriam ser capazes (implica em terem uma liderança nata entre o povo), tementes à D-us (isso nos fala de seu tes-temunho e de sua devoção para com o Eterno), homens de verdade (isso pressupõe que eles não eram homens infiéis e mentirosos), que odeiem a avareza (isso nos fala de sua incorruptibilidade quanto ao suborno). Quando tais pessoas fossem achadas, eles deveriam ser divididos em quatro categorias a fim de “julgarem” as causas do povo: grupos de mil, cem, cinqüenta e dez. Respeitando-se esta divisão, somente os piores casos chegariam à Moshe para que julgasse!

Estas características nos falam do sábio conselho de Jetro, que observou a forma como Moshe estava exercendo seu ministério e viu que consequências sua atitude traria sobre si, aconselhando-o assim a mudar de atitude e benefi-ciar não somente a si mesmo mas também ao povo de Israel. 

As qualidades requeridas de um líder

Yitrô afirmou que um homem deve possuir as seguintes características a fim de qualificar-se como um juiz:

– Deve ser bem versado em Torah, e deve ser rico (de forma que não necessite adular ninguém, e não dê preferência a nenhum litigan-te). Deve possuir personalidade dinâmica, que sirva de inspiração para que outros façam o que é certo.

– Deve ser temente aos Céus, para que julgue verdadeiramente.

– Deve ser um homem confiável, em cuja palavra o povo se apoia.

– Deve detestar o dinheiro. Não pode atribuir nenhuma importância ao seu próprio dinheiro, e certamente não ao dinheiro alheio. Não pode tender a aceitar subornos.

(Os líderes da Torah, através dos séculos, distinguiram-se por servir o povo judeu sem serem remunerados. O exemplo foi estabele-cido pelo nosso grande líder Moshê que, ao final da vida, declarou que nunca havia aceito pagamento algum do povo. Mesmo quando via-jou ao Egito para redimi-los, montou seu próprio burro, e não foi reembolsado pelas despesas da viagem. O profeta Shemuel, igualmen-te, antes de sua morte, conclamou a nação inteira para testemunhar que ele jamais aceitara mesmo o menor artigo de qualquer um deles. Ao viajar para julgar o povo, costumava carregar consigo sua própria tenda e alimentos.)

E qual foi a reação de Moshe? “E Moshe deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito; e escolheu Moshe homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez” (Êx 18:24-25). Quando recebemos um sábio conselho nossa reação deve ser a mesa de Moshe: dar ouvidos ao que foi dito e fez tudo quanto tinha dito! Isso é muito importante, pois além de ouvirmos o que nos é dito devemos pôr em prática os bons conselhos que nos dá o Senhor.

Uma nova fase tem início agora, pois Moshe sobe à D-us a fim de receber d’Ele aquilo que está reservado para seu povo. Entre tudo o que foi dito a Moshe esta palavra é muito boa: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha” (Êx 19:5). O Eterno fala sobre ouvir sua voz e guardar o berith, pacto feito com sangue. Porque teria o Eterno dito ao povo que guardasse o pacto? Isso nos parece sintomático, pois se o pacto não for guardado, ele poderia ser esquecido e perdido! E isso implicaria também no não cumprimento da promessa do Eterno. A sua promessa era que Israel lhe seria uma propriedade peculiar. A palavra propriedade em hebraico é segullâ e significa propriedade, posse. O sentido básico deste substantivo é “propriedade particular”. Tudo o que é particular de alguém é por essa pessoa usado, a fim de desfrutar daquilo que possui. Assim é também com Israel. O Eterno desfruta de seu povo, usa-o a fim de glorificarem seu nome! 

Além disso o Eterno também afirma: “E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo” (Êx 19:6). Ser um reino sacerdotal (malaka cohen) significa que todos dentre o povo seriam sacerdotes! Isso nos fala daquilo que Pedro nos ensinou: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2:9). Que maravilhosa promessa! Nossa verdadeira tarefa é anunciar as boas novas: o Eterno enviou seu Filho a fim de fossemos salvos! E Ieshua está vivo! Aleluia! Quando Moshe fala de povo santo, a expressão em hebraico é qadosh goy! A palavra qadosh significa santo, mas goy em hebraico são povos e nações gentílicas! O que o Senhor nos fala através de Moshe? Ele está nos dizendo que o povo de Israel um dia seriam composto de povos e nações gentílicas! Ou seja, eles estariam entre os gentios! Que maravilhoso, principalmente quando sabemos o que fez o Eterno com Israel a fim de cumprir essa promessa!

 

Por que a Torah não foi dada imediatamente após a saída do Egito

Por que D’us não presenteou a Torah a Seu povo assim que saíram do Egito? Por que Ele esperou sete semanas entre o Êxodo do Egito e a Outorga da Torah?

No meio do ano letivo, um jovem ficou doente e foi obrigado a fi-car em casa. Teve que ficar de cama por muitas semanas. Quando fi-nalmente pôde se levantar, sentia-se fraco, e estava pálido. Um dia depois, o telefone tocou na casa do garoto. Era o diretor da escola dizendo ao pai: “Ouvi que teu filho não está mais doente. Já é hora de ele voltar à escola!” “Impossível!” – protestou o pai. “O menino ainda não está realmente pronto para isto. Deixe que fique em casa por dois ou três meses, para que convalesça e recupere as forças através de uma dieta nutritiva. Então será capaz de freqüentar a escola!” Similarmente, D’us não considerava o povo judeu apto a receber a Torah imediatamente após ter deixado o Egito. Disse: “Eles ainda estão sofrendo os efeitos posteriores ao trabalho escravo egípcio. Deixe que fiquem no deserto por alguns meses, comam a maná e as codornizes, e bebam a água do poço. Quando estiverem recuperados, Eu lhes darei a Torah.”

Uma razão adicional é ilustrada por esta parábola:

Um príncipe que estava procurando por uma esposa ouviu falar sobre uma moça de família nobre que possuía todas as qualidades desejá-veis para se tornar rainha. A fim de conquistá-la para o matrimônio, resolveu apresentar-se dando-lhe muitos presentes. Só depois procuraria o consentimento dos pais dela para o casamento.

Quando ouviu que ela estava saindo para a padaria, mandou que lhe dessem um grande bolo recheado de creme, em seu nome. Quando foi a uma loja de departamentos, entregaram-lhe um elegante traje pago pelo príncipe. No restaurante, recebeu dele um ganso recheado; na loja de bebidas, um vinho de seleta safra; na bombonière, uma cai-xa de finos bombons embrulhada para presente. Depois, quando o príncipe pediu sua mão, não levantou objeções.

Assim D’us, antes de entregar a Torah ao povo judeu, tornou-Se conhecido deles manifestando Sua grande bondade – Ele conduziu-os pelo Mar Vermelho em terra seca; salvou-os de Amalec, deu-lhes o maná, que continha os mais refinados e deliciosos sabores do mun-do; o Poço de Miriam, cujo líquido tinha o sabor das melhores bebidas; e as codornizes. Só depois Ele perguntou-lhes se desejavam aceitar Sua Torah, e não recusaram.

Ademais, quando o povo judeu deixou o Egito, havia muita rivalida-de e contenda entre o povo. Deixaram a cidade de Sucot ainda com discussões, e quando acamparam em seu próximo destino, Etam, a discórdia ainda prevalecia. D’us não podia outorgar Sua Torah a um povo que não estava em paz entre si.

Finalmente, ao chegarem ao deserto de Sinai, colocaram fim a todas as rixas e uniram-se. Disse D’us: “A Torah de Paz pode agora lhes ser dada, pois aprenderam a viver em harmonia uns com os outros!”

No dia de sua chegada ao sopé da montanha, que foi no segundo dia da semana, D’us não Se dirigiu ao povo diretamente, pois ainda es-tavam fracos da viagem. Descansaram aos pés da montanha.

 

A Torah é oferecida às nações do mundo

Antes de dar a Torah a Seu povo, D’us desceu às nações que viviam naqueles tempos, perguntando-lhes se estavam dispostas a aceitá-la, para que mais tarde não pudessem dizer que ela não lhes tinha sido oferecida e que por isso tinham permanecido idólatras. Os primeiros a serem procurados foram os filhos de Essav (Esaú). “O que está escrito na Torah?”, perguntaram. “Não matarás”, respondeu D’us. “Se é assim, não podemos aceitar a Torah e cumprir o que ne-la está escrito, porque vivemos pela espada”, responderam eles.

D’us foi em seguida aos descendentes de Yishmael: “Vocês aceitam a Torah?” “O que está escrito nela?”, perguntaram eles. “Não rouba-rás”, disse D’us. “Então não podemos aceitar a Torah, porque não seremos capazes de cumprir esse mandamento. Diz-se do nosso ancestral Yishmael já praticava o roubo.”

D’us dirigiu-se então aos filhos de Tsor e Tsidon e a todas as ou-tras nações, oferecendo-lhes a Torah. Cada uma perguntou primeiro o que estava escrito nela. Ao ouvirem que ela continha proibições e mandamentos, leis e práticas de todo tipo, de acordo com as quais elas teriam de viver pacificamente umas com as outras, jul-gando com justiça e abstendo-se de comportamentos indesejáveis, rejeitavam-na. Por fim D’us foi aos israelitas e perguntou-lhes se queriam a sagrada Torah. Eles indagaram: “O que ela contém?” D’us respondeu: “Seiscentos e treze mandamentos”. Ao ouvirem isso, eles imediatamente se puseram em pé e declararam simultaneamente: “fa-remos e ouviremos”. Em seguida acrescentaram: “Mestre do Universo, nós e nossos antepassados guardávamos muitos preceitos mesmo antes de sabermos do maravilhoso presente que viríamos a receber. Avraham despedaçou os ídolos de seu pai, exigindo que os membros da família retirassem de casa todas as imagens e ídolos que possuíssem, cumprindo assim o mandamento de não fazer imagem esculpida. Itshaq cumpriu o mandamento de honrar o pai quando lhe obedeceu de todo o coração, deixando-se colocar sobre o altar. Yehudá, o filho de Ia´aqov, cumpriu o mandamento “Não matarás” ao evitar que Iosef fosse morto pelos outros irmãos. Todas as tribos guardaram o preceito de não roubar quando devolveram o dinheiro que acharam em suas sacolas. Estamos acostumados a observar os mandamentos; portanto, D’us, estamos sinceramente dispostos a aceitar tudo que está contido em Sua sagrada Torah.”

 

A Torah é primeiro apresentada às mulheres

No terceiro dia daquela semana, D’us convocou Moshê ao topo da montanha, e deu-lhe as seguintes instruções acerca de como prepa-rar o povo judeu para a Outorga da Torah: “Fale com as mulheres até mesmo antes que com os homens, dirija-se a elas gentilmente, e dê-lhes os princípios gerais. Os homens, por outro lado, devem ser ensinados de maneira severa, e devem ser bem-versados em todos os intricados detalhes das leis.” Por que D’us ordenou que as instruções referentes a Outorga da Torah sejam dadas primeiro às mulheres e só depois aos homens?

Há diversas razões:

1. Da mesma forma como as mulheres são obrigadas a cumprir as mitsvot com doze anos de idade, um ano antes dos homens, assim re-ceberiam as mitsvot antes na Outorga Torah.

2. Se as mulheres fossem assim diferenciadas, fariam um maior es-forço para dar a seus filhos uma educação de Torah.

3. D’us disse: “Quando dei uma única mitsvá a Adam (Adão), não a ensinei a Chava (Eva). Em conseqüência, ela pecou e fez Adam errar também. Agora que vou dar seiscentas e treze mitsvot, falarei primeiramente com elas para que saibam da importância das mitsvot.”.

4. Todo povo de Israel foi redimido do Egito pelo mérito das mu-lheres justas e virtuosas. Portanto mereciam a honra de serem pro-curadas por D’us antes dos homens.

Preparativos para o recebimento da Torah

Naquele dia, Moshê foi requisitado a instruir o povo a preparar-se para o recebimento da Torah. “Para escutar Minha voz, o povo deve preparar-se, submergindo num micvê”. Moshê disse-lhes que evitas-sem a impureza, o pecado e o comportamento inadequado nos próximos três dias, para estarem puros e santos na entrega da Torah. As pu-rificações durariam dois dias, e no terceiro, D’us lhes outorgaria a Torah. Apesar de D’us ter designado apenas dois dias para puri-ficação, Moshê entendera Sua verdadeira intenção – que seria cor-reto acrescentar um terceiro dia como precaução especial. Por con-seguinte, mandou o povo preparar-se por um período de três dias. Ao retornar ao povo, no anoitecer do quarto dia, disse-lhes: “Pre-parem-se hoje, e também no quinto e sexto dias; pois no Shabat vo-cês receberão a Torah”. D’us concordou com a decisão de Moshê. Após terem pronunciado a palavra “Na’asê” (faremos) e purificarem-se por três dias, os filhos de Israel pareciam-se com anjos. Atingiram novamente o nível de Adam, o primeiro homem antes de pecar, e estavam prontos para receber a Torah.

 

As crianças como fiadores da Torah

D’us perguntou a Seu povo: “Quem garante que vocês cumprirão a promessa de observar a Torah?” Eles responderam: “Nossos antepas-sados serão nossos fiadores.” D’us disse: “Até seus ancestrais ne-cessitam de garantia. Quando prometi a Avraham a terra de Israel, ele também perguntou como poderia ter certeza de que esta promessa seria cumprida. Portanto, não posso aceitar a fiança de seus an-cestrais apenas.” Os judeus então prometeram que seus filhos e os filhos de seus filhos assegurariam o cumprimento da Torah e das mitsvot.

Trouxeram suas esposas e filhos e prometeram a D’us, naquele mo-mento e lugar, ensinar a Torah a seus filhos e às sucessivas gerações, estudar e revisar o que está escrito nela de dia e de noite, para todo o sempre.

D’us cura os enfermos

Antes da Outorga da Torah, D’us curou todos os defeitos do povo judeu.

Um homem rico queria casar seu filho, mas não gostava do salão de festas da vizinhança. Alguns equipamentos estavam quebrados, as cortinas velhas, o papel de parede desbotado, e o teto também não estava perfeito. “Este salão não é adequado a um casamento tão grandioso como será o do meu filho,” pensou.

“O que eu tenho a fazer é consertar este salão antigo, e remobi-liá-lo”. Contratou um empreiteiro, que trouxe um grupo de marce-neiros, pedreiros e pintores. Consertaram e pintaram o teto, colo-caram papel de parede novo, trocaram as cortinas; consertaram e reformaram tudo o que estava quebrado. No dia do casamento, o sa-lão parecia glorioso – ninguém acreditaria que fosse o mesmo velho salão! Assim, D’us examinou os israelitas que saíram do Egito, e achou-os imperfeitos. Alguns deles eram coxos, cegos, ou defeituosos de alguma outra maneira. Disse D’us: “Como posso dar Minha Torah perfeita a uma nação que é imperfeita? Eu curarei este povo!” D’us então curou todos os cegos, fato que se infere do versículo que diz que na Outorga da Torah “todo o povo viu”. Ele curou os surdos, como está escrito que todos responderam “tudo o que D’us disser faremos e ouviremos”. Os coxos também foram curados, como está escrito: “e eles ficaram de pé aos pés da mon-tanha”. Deste modo, D’us também curou-os de todas as deficiências. Todos teriam de estar de posse perfeita de todas as suas faculdades, para aceitar perfeitamente a Torah, pois se alguns deles não vissem ou não ouvissem a Shechiná, a experiência da Outorga da Torah não seria completa.

Agora acontece um dos maiores eventos que Israel tem notícia: o Eterno dá a Moshe as Dez Palavras! A primeira coisa que o Senhor faz é identificar-se: “Eu sou o Senhor teu D-us, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20:2). Aqui o Eterno diz que é o Senhor – IHVH – “Eu me torno aquilo que me torno”, teu Elohim (Criador). Portanto ele era o único que poderia ter tirado Israel da terra do Egito! 

Após ter se apresentado, o Eterno então inicia o processo de revelação de palavras que seriam ensinadas ao povo a fim de não pecarem!

A primeira coisa que o Eterno diz é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20:3). O Eterno fala aqui de não ter outros deuses à sua face, o que significa que diante d’Ele todos os outros nada são. Como poderiam então ser chamados de deuses? Tudo aquilo que colocamos acima do Eterno torna-se para nós em um D-us! Somente o Eterno deve ter prioridade em nossa vida e em nosso coração! Ele deve ocupar o lugar de honra e deve ser o ponto mais alto em toda a nossa vida! 

No verso 6 está dito: “E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos” (Êx 20:6). A palavra misericórdia em he-braico é hesed e significa bondade, bondade amorosa, misericórdia. Isso significa que a bondade do Eterno é extensiva à milhares dos que o amam (suas gerações), pois aqueles que amam ao Eterno oram também por seus parentes e descendentes. E é isso que faz com que o Eterno seja conhecido e também que ame com bondade amorosa aqueles por quem oramos! Mas só isso basta? Veremos que não, pois é-nos mandado “guardar os mandamentos”. A palavra “mandamento” em hebraico é mitswâ, e significa mandamento. A palavra refere-se aos termos do contrato. Isso nos ensina que a bondade do Eterno para conosco está atrelada ao cumprimento do contrato feito entre Abrão e o Eterno. Os demais termos (A Escritura) foram sendo acrescentados durante os séculos. Mas isso nos parece um tanto ruim, pois devemos obedecer a fim de que tenhamos o amor do Eterno. Mas isso não é verdade, pois foi por nos ter amado que Ele resolveu dar-nos a oportunidade de herdarmos todas as coisas juntamente com Ele. Todas as promessas dadas pelo Senhor estão hoje acessíveis à nós por causa justamente desse amor.

Um outro detalhe muito importante relatado aqui é o seguinte: “Não tomarás o nome do Senhor teu D-us em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7). Mas o que significa isso? A palavra nome em hebraico é shem. Na Tanach o conceito de nomes pessoais incluía idéias de existência, caráter e reputação. Isso nos fala de três coisas que caracterizam o Eterno: sua existência (Ele é real), seu caráter (imutável e justo) e sua reputação (Ele jamais mente nem engana a ninguém). Por isso Israel não deveria tomar o nome – IHVH – do seu Elohim em vão! Este nome é tão sagrado que não deve ser pronunciado! Durante as épocas a sonorização do nome do Eterno foi perdida. Por isso hoje os judeus substituem o tetragrama por Adonai ou Há Shem (O nome). Este é um aspecto do mandamento que precisa ser por nós aprendido: não devemos ter este nome tão belo em nossos lábios em momentos fúteis ou por brincadeira! Quando o Eterno abre seus lábios e diz qualquer palavra, esta muda vidas, transforma situações, e altera até mesmo aquilo que está criado! Nós dizemos que o Eterno jamais joga palavras fora…

Outra coisa muito importante é o que vem a seguir: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êx 20:8). A palavra “lembrar-se” é zakar, que signifi-ca pensar, meditar, dar atenção a, lembrar. Sábado em hebraico é shabath, que significa descanso. Então nós devemos neste dia dar atenção a ele separando-o e descansando… Isso parece tão óbvio mas muitos não obedecem a este mandamento. Há ainda outras coisas que devemos considerar: “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu D-us; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas” (Êx 20:10). A Escritura nos fala de “sétimo dia” que é o Sábado (descanso) do Senhor. Isso implica haverem “sábados” que não pertencem ao Senhor. Para quem conhece a história isso está muito claro, pois os homens foram usados por Satanás a fim de mudarem a realidade do mandamento do Eterno, tentando assim substituir o Sábado pelo Domingo. Há muito lógica na nomenclatura de nosso sistema nominal dos dias. O Domingo é o primeiro dia da semana, pois o segundo dia é a “Segunda-feira”. Porém na prática a coisa não funciona assim. A semana possui dois dias para o descanso (conforme foi instituído por Constantino), em clara oposição ao mandamento do Eterno. O sétimo dia (Sábado) é o dia em que se descansa de toda a obra – não somente nós mas também nossos funcionários e nossos animais – e isso precisa ser levado a sério por nós. Mas por que isso deve ser assim? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (Êx 20:11). Vejamos o que o Eterno fez a esse dia: o abençoou e o santificou. Mas quem fez isso? IHVH! Aquele que se torna aquilo que se torna instituiu o Sábado (descanso) e o abençoou: a palavra abençoar é barak, que significa dar poder a alguém para ser próspero, bem sucedido e fecundo! O Sábado é assim! Este é o dia de sermos (e de obtermos) prosperidade, sucesso e fecundidade! Foi justamente por isso que esse dia foi separado pelo Eterno, pois é nele (quando o guardamos) que o Eterno derrama suas melhores bênçãos! Vale a pena obedecer, pois esta é a condição primária para se receber a bênção do Eterno!

Os mandamentos (ou palavras) do Eterno foram dadas ao povo por inter-médio de Moshe que estava no monte. E enquanto isso o povo contemplava a presença do Eterno e via e ouvia ao longe tudo o que acontecia. “E o povo estava em pé de longe. Moshe, porém, se chegou à escuridão, onde D-us esta-va” (Êx 20:21). Aqui percebemos que Moshe realmente foi o único a desfrutar da intimidade do Senhor. A palavra escuridão em hebraico é arapel que significa nuvem escura, escuridão, densas trevas. A palavra é um substantivo masculino que descreve a glória encoberta do Eterno. Notamos que há um ocultar-se do Senhor quanto aos israelitas. O Eterno reservou para seu convívio direto e intimidade a presença de um homem: Moshe. Parece estranho que somente esse homem possa aproximar-se do Senhor, mas é assim que Ele desejou, pois existem pessoas que não suportariam estar próximas ao Eterno e por isso são mantidas ao longe, contemplando apenas o geral dos fatos, enquanto a Moshe – e a todos os que desejam a intimidade do Eterno – Ele reservou os detalhes, a fim de compartilhar com estes os desejos de seu coração.

 

O primeiro Mandamento: Acreditar na existência de D’us, e em Sua Providência

“Eu Sou D’us, teu D’us, Que vos tirou da terra do Egito, da casa de Faraó, onde fostes escravos.” “Eu Sou tanto ‘D’us’, um D’us misericordioso para os que Me obedecem; como também ‘Elokecha’, um D’us punitivo para os que se recusam a Me ouvir.” A obrigação im-posta pelo Primeiro Mandamento é de acreditar na existência de um Criador Onipotente; saber que Ele exerce Providência contínua so-bre o universo, que Ele é a Força que dita todas as leis naturais. Ele sustenta e provê para todas as criaturas, da mais diminuta à maior. Esta mitsvá não se limita a algum momento ou tempo especí-fico (como a maioria das mitsvot); outrossim, a consciência da existência e poder de D’us deve constantemente preocupar o judeu. D’us fez com que esse fosse o primeiro de todos os mandamentos porque devemos reconhecer a D’us para poder observar Seus manda-mentos. Por que D’us escolheu descrever a Si Mesmo como o “D’us que tirou os filhos de Israel do Egito”? Bandidos surpreenderam uma nobre senhora em seu passeio, e estavam prestes a raptá-la. O rei soube do ocorrido e interveio. Se não tivesse enviado suas tropas imediatamente para resgatá-la, o pior poderia ter aconte-cido. Quando, mais tarde, propôs-lhe casamento, ela perguntou-lhe: “Que presente você me oferece?” O rei respondeu: “O próprio fato de que te salvei dos raptores não é suficiente para que teu coração penda em minha direção?” Similarmente, D’us apresentou-se ao povo no Monte Sinai como o D’us que os redimiu, recordando-lhes assim sua obrigação especial para com Ele. (Ele não utilizou a descrição “D’us, Mestre do Universo”, pois o termo geral, em si mesmo, não obrigaria os judeus a guardar a Torah.)

 

O Segundo Mandamento: Não adorar ídolos

“Não terás outros deuses!” Muitas pessoas acreditam que D’us é o D’us mais poderoso, o que significa que creem também em outros poderes fora de D’us. Alguns também rezam aos anjos. Outros veneram pessoas que consideram santas, ou o sol e a lua, ou os planetas. Quando os Sábios estiveram em Roma, filósofos gentios perguntaram-lhes: “Se D’us não quer ídolos, por que Ele não os elimina?” “Se os idólatras adorassem apenas objetos inúteis, seu ponto seria válido,” responderam os Sábios. “Contudo, também adoram o sol, a lua, as estrelas. Acaso deveria Ele dizimar o universo por causa dos tolos?” D’us ordenou: “Não podeis servir a ninguém, exceto a Mim!” Este Mandamento implica que é proibido acreditar em qualquer poder além de D’us, adorar ídolos ou inclinar-se para eles. Nossos Sábios proibiram inclinar-se perante ídolos, mesmo sem ter intenção de adorá-los. Tampouco é permitido possuir um ídolo, mesmo sem adorá-lo. Este Mandamento inclui a proibição de fazer estátuas de um ser humano ou qualquer criatura ou objeto do universo. O termo “outros deuses” não implica, D’us não o permita, que há outros deuses além de D’us. A Torah se refere a ídolos como “deuses”, pois este termo é utilizado pelos idólatras (apesar de, na realidade, serem imagens impotentes). A palavra “outros” não se refere à comparação entre D’us e os ídolos, mas aos ídolos entre si. Uma vez que os idólatras mudam constantemente suas divindades, rejeitando as velhas e voltando-se a outras em seu lugar, o termo “outros” deuses significa deuses que são constantemente trocados por outros por seus adoradores.

 

O Terceiro Mandamento: Não pronunciar o Nome de D’us em vão

É proibido utilizar de maneira incorreta o Nome de D’us, mencio-nando-O junto com um juramento desnecessário ou falso. Eis um exemplo de falso juramento. Alguém que comeu pão ontem jura: “Juro em Nome de D’us que não comi pão ontem”. Um exemplo de juramento desnecessário é: “Juro em Nome de D’us que o sol está agora no céu”. Embora este juramento seja verdadeiro, é proibido, se não há razão para fazê-lo. Também não devemos invocar o Nome de D’us sem um propósito determinado. Algumas pessoas estão acostumadas a ex-clamar; “Meu D’us!”, ou a empregar o nome de D’us em um contexto igualmente irreflexivo. Devemos evitar isto. D’us disse: “Não utilize erroneamente Meu Santo Nome. Lembre-se de que Avraham apelou a este mesmo Nome e foi salvo da fornalha ardente. Moshê clamou por ele, e o Mar Vermelho abriu-se em doze partes; Iehoshua clamou por ele, e foi ajudado; Ioná chamou por Ele no interior do peixe e foi salvo. O Nome de D’us é invocado pelos doentes e enfermos, e são curados; pelos de coração contrito, e são consolados. Guardem-se de serem descuidados ao mencionar o Nome de D’us, pois aquele que pronuncia Seu Nome em vão não ficará impune!”

 

O Quarto Mandamento: Observar o Shabat

Este Mandamento inclui a proibição de realizar trabalhos proibidos no Shabat. Além disso, devemos distinguir o Shabat, fazendo uma bênção quando o Shabat se inicia, e quando termina. Cumprimos isto recitando o kidush e a havdalá. Shabat deve ser marcado com ali-mentos saborosos especiais, e vestindo-se trajes especiais. Mesmo ao longo de toda a semana, a pessoa deve preparar-se para o Sha-bat, arrumando a casa, limpando-a cuidadosamente, comprando iguarias e coisas semelhantes em honra do Shabat, pois este é o dia que Ele escolheu, santificou e considerou a “jóia de todos os dias”. Uma pessoa é reembolsada por todas as despesas que faz em honra ao Shabat. Apesar da renda de cada um ser determinada em Rosh Hashaná para o ano todo, as quantias gastas em honra ao Sha-bat, Iom Tov, Rosh Chôdesh, e para a educação e estudo de Torah dos seus filhos não estão incluídas neste orçamento fixo. Se a pessoa gasta mais, D’us lhe retribuirá com mais; se economiza, D’us lhe retribuirá menos, de acordo com os gastos. O dia de Shabat deve ser um momento para atividades espirituais, Torah e orações. Uma pessoa não deve pensar a respeito de seu trabalho inacabado da semana, mas afastar a mente de ocupações mundanas. Quem quer que descanse no sétimo dia testemunha que D’us criou o mundo em seis dias. Como cumprimos a mitsvá de recordar o Shabat? Há várias maneiras: Uma é chamar os dias da semana assim: “o primeiro dia da semana até Shabat” (domingo) – “o segundo dia da semana até Shabat” (segunda) – “o terceiro dia da semana até Shabat” (terça), e assim sucessivamente. Esta é a maneira judaica de nomear os dias da semana (e a que utilizamos para introduzir o cântico ‘shir shel yom’ na prece diária de Shacharit). Ao designar o domingo “o primeiro dia até o Shabat”, cumprimos a mitsvá de recordar e mencionar o Shabat, lembrando ao mesmo tempo que D’us é o Criador que fez o mundo em seis dias.

Quando D’us deu a Torah a Seu povo, prometeu-lhe uma porção no Mundo Vindouro se ele observasse o que está contido nela. Os ju-deus pediram uma amostra, para ver que tipo de recompensa D’us lhes daria em troca da observância da Torah e de suas mitsvot. D’us lhes disse: “Eu lhes darei o Shabat, um fragmento do Mundo Vindouro, que é todo Shabat.” A cada judeu é dada uma alma adicio-nal no Shabat, para que ele possa apreciá-lo mais do que aos ou-tros dias e guardá-lo em santidade. Um relato: Como o Sábio Shamai honrava o Shabat toda a semana. O Sábio Shamai passava diante de um matadouro e viu um novilho lindo e gordo, pronto para ser sa-crificado. Falou ao magarefe: “Quero comprar este animal. Mata-o para mim e dá-me a carne!”

Levou a carne para casa e deu-a à mulher com as palavras: “Salga esta carne para fazê-la casher. Estou certo de que será deliciosa e quero reservá-la para Shabat.” No dia seguinte voltou a passar diante do matadouro. Viu ali alguns novilhos prontos para o abate. Escolheu dentre os animais um de aspecto mais apetitoso do que o que havia visto no dia anterior. “Este novilho será delicioso para o Shabat”, pensou. Disse, pois, ao magarefe: “Quero comprar este novilho. Prepara-me a carne para quando eu passar aqui na volta.” Levou a carne para casa e disse à mulher: “Imagine, encontrei car-ne ainda melhor para o Shabat! Salga-a para fazê-la casher e re-serva-a para o Shabat.” A mulher pensou: “Que vou fazer com a car-ne de ontem? Vou cozinhá-la para o jantar de hoje.” Assim, Shamai desfrutou de uma ceia excelente. Outro dia, Shamai passou diante do açougue e viu um novilho de aspecto tenro, cuja carne seria sem dúvida mais delicada e suculenta que o anterior. “Preciso deste novilho para Shabat”, disse ao açougueiro. “Vende-a para mim.” Ao chegar em casa disse à mulher: “Trouxe outra carne. Vamos comer a que trouxe antes e guardemos a melhor para Shabat.” Assim, pois, Shamai terminou por comer ceias deliciosas toda a semana, por ter o Shabat sempre presente! Os Sábios diziam sobre ele: “Shamai come bem toda a semana em honra do Shabat.” Este relato nos mostra que se compramos comidas especiais, devemos reservá-las para o Shabat. Assim, recordamos durante a semana que Shabat é o dia mais santo.

 

O Quinto Mandamento: Honrar Pai e Mãe

“Honre teu pai e tua mãe!” Perguntaram a Rabi Eliezer: “Até que ponto uma pessoa é obrigada a honrar seus pais?” Retrucou: “Pode-mos inferir a resposta do caso de um não-judeu de nome Dama ben Netina, que vivia em Ashkelon. Certa vez, os Sábios foram até ele porque ouviram que tinha pedras preciosas para vender, e precisa-vam de certa pedra para o efod (peitoral do cohen). Apesar de terem lhe oferecido um alto valor, preferiu renunciar ao dinheiro a acordar seu pai, que dormia, e sob cujo travesseiro estava a chave do baú de diamantes. Como recompensa, no ano seguinte D’us fez com que nascesse uma vaca vermelha em seu rebanho; que foi qualificada como uma Vaca Vermelha para o Templo Sagrado. Quando os Sábios vieram pagar-lhe, disse-lhes: “Apesar de saber que pagariam qualquer preço que pedissem, aceitarei apenas a soma que perdi ano passado, por Ter honrado meu pai.” “Se esta foi a conduta de um não-judeu, que não foi ordenado a observar esta mitsvá, quão mais é esperado de um judeu, a quem foi dada a mitsvá de honrar seus pais.”

Nossos Sábios relataram: “Certa vez, o acima mencionado Dama ben Netina estava sentado num traje bordado a ouro entre nobres de Ro-ma, quando sua mãe chegou e atirou-lhe insultos e humilhações. Rasgou-lhe os trajes, bateu-lhe na cabeça, e cuspiu. Ele, contudo não a envergonharia.” Quando os reis das nações ouviram o Primeiro Mandamento de D’us, não ficaram impressionados. Argumentaram: “Que soberano deseja ser negado? D’us, como qualquer outro rei, ordena que Ele seja reconhecido.” Quando ouviram sobre o Segundo Mandamento, também objetaram: “Há algum soberano que toleraria outra autoridade? D’us, como todos os reis, que ser adorado sozinho. Por isso decretou que ninguém deve servir a outros deuses!” Também não se comoveram com o Terceiro Mandamento, comentando: “Que rei gostaria que seus súditos jurassem em falso em seu nome? Tampouco D’us o quer.” Sobre Shabat, disseram: “Claro, todos os reis gostam que seu dia especial seja celebrado!” Porém quando ouviram acerca da mitsvá de honrar os pais, todos os reis levantaram-se de seus tronos e louvaram a D’us, admitindo: “Se alguém de nosso círculo for elevado a um status nobre, imediatamente nega seus pais. D’us age diferente. Ordenou que todos honrem seus pais!” Os reis entenderam então, retroativamente, que as mitsvot de D’us não foram dadas, como imaginaram originalmente, a fim de honrar a D’us. As mitsvot foram apresentadas para o benefício dos seres humanos. Está escrito: “Honra teu pai e tua mãe.” O respeito que deve ser prestado ao pai precede o devido à mãe. No entanto, em outra passagem, a Torah exige: “Todo homem deve temer sua mãe e seu pai.” Aí o mandamento exige temor da mãe primeiro, e depois do pai. Por quê? Em geral, o filho respeita mais a mãe do que o pai, porque ela está na-turalmente com ele desde o dia em que nasce, cuidando dele e tratando-o com amor, carinho e palavras gentis. A Torah exige, portanto, que o respeito ao pai seja igual ao respeito natural que sente pela mãe. Por outro lado, a pessoa naturalmente teme o pai mais do que a mãe, porque o primeiro é aquele que castiga e fica zangado. Por isso a Torah enfatiza a necessidade de temer mãe e pai igualmente. Destes dois versículos aprendemos que pai e mãe são iguais; deve-se temê-los e respeitá-los igualmente. Em que consiste o devido respeito? Em fornecer-lhes alimento, bebida e vestuário, acompanhá-los quando saem, e ajudar em tudo que eles possam precisar. Deve dirigir-se a eles cortesmente. Em que consiste o temor? Como se teme os próprios pais? Não se sentando no lugar reservado a eles, não os interrompendo ou contradizendo suas palavras. A mitsvá de honrar os pais é ainda mais importante para D’us do que o respeito por Seu próprio Nome. Uma pessoa é obrigada a honrar a D’us ao máximo de sua capacidade, na medida em que seus meios lhe permitam. Se lhes faltarem os meios, porém, ela está isenta dessa obrigação. Mas a pessoa deve honrar os pais mes-mo se for pobre. Se lhe faltarem os meios, deve angariá-los de porta em porta, a fim de ajudar os pais a subsistir.

A seguinte história nos mostrará que a maneira pela qual a pessoa mostra respeito aos pais é ainda mais importante do que a forma do respeito propriamente dita. Dois irmãos moravam numa cidade. O mais velho era rico, enquanto o mais novo vivia na pobreza, tiran-do seu sustento de um moinho de farinha. O pai certa vez foi visi-tar o filho mais velho. Este preparou um banquete, servindo-lhe o melhor que tinha em casa. Em seguida aprontou o quarto mais con-fortável, com uma cama limpa, para o pai descansar. Mas durante toda a visita não demonstrou nenhum amor ou paciência ao pai. Não lhe perguntou como estava, na verdade, mal falou com ele. Todos os seus atos se destinavam apenas a cumprir sua obrigações de respei-to. O pai deixou a casa do filho mais velho e seguiu para a do mais novo. Como encontrou o filho labutando na pedra do moinho, o pai arregaçou as mangas e começou a ajudar. Antes do anoitecer os dois tinham acabado o serviço. Retornaram juntos à casa do filho mais novo, conversando ao longo do caminho. O filho perguntou so-bre a saúde do pai com amor e preocupação. Nenhum banquete real os esperava em casa, mas o pouco que havia foi servido diante do pai com grande respeito. Anos depois, quando os dois filhos morreram, o mais moço, o filho pobre que quase nada tivera para oferecer ao pai além de temor e bondade, foi admitido no Paraíso e recebeu um lugar perto dos justos. Sobre isso foi dito: “Um filho pode dar ao pai gansos gordos para comer e não ganhar o Mundo Vindouro, en-quanto outro filho pode fazer o pai trabalhar na pedra do moinho e ainda assim conquistar a vida eterna.”

Há três parceiros na criação da pessoa: D’us, o pai e a mãe. Se alguém honra seus pais, D’us diz: “Considero como se Eu habitasse em seu seio, e honraram a Mim.” Se alguém causa aborrecimentos a seus pais, D’us diz: “É bom que Eu não habite em seu meio, pois se Eu estivesse entre eles, aborrecer-Me-iam também”.

A recompensa por honrar os pais é a longevidade no Mundo Vindouro. Apesar da principal recompensa estar guardada para o Mundo Vindou-ro, é uma das mitsvot das quais a pessoa recebe benefícios também neste mundo. 

Nesta mitsvá estão incluídos os mandamentos de honrar a um irmão mais velho, e o segundo marido ou esposa do pai ou da mãe.

 

Um relato: Rabi Yehoshua e o açougueiro.

Certa vez, o grande Sábio Rabi Yehoshua escutou uma voz que lhe dizia em sonhos: “alegra-te, Rabi Yehoshua, pois tu e o açougueiro Nanas sentar-se-ão à mesma mesa no Paraíso”.

Yehoshua despertou pensando: “Quem é este Nanas? Estudei Torah to-da minha vida, e não vou a lugar algum sem os tsitsit presos à minha roupa e os tefilin sobre a cabeça. Espero que meu vizinho no Paraíso seja também um sábio!” Não podia esquecer o sonho. Disse a seus alunos: “Não terei paz enquanto não descobrir quem é este ho-mem que se sentará a meu lado no Paraíso. Vou averigüar.” Os estudantes lhe disseram: “Rebe, te acompanharemos.” Rabi Yehoshua e os alunos viajaram de cidade em cidade. Em cada uma perguntavam: “Conhecem um açougueiro chamado Nanas?” Passou-se muito tempo até que o acharam. Finalmente, numa cidade, as pessoas responderam: “Por que tu, um justo, um sábio, perguntas por este açougueiro?” “Por que, que tipo de pessoa é ele?” “Verás por ti mesmo,” responderam. As pessoas foram até Nanas e lhe disseram: “O grande Rabi Yehoshua quer ver-te.” Nanas, que não era um erudito, pensou que lhe estavam pregando uma peça e respondeu: “Não zombem de mim! Vão embora!” Os mensageiros voltaram a Yehoshua e disseram: “Por que nos enviaste a tal homem? Nem ao menos quis falar conosco!”

“Preciso vê-lo,” insistiu Yehoshua. “Voltem a ele e o tragam.” Os mensageiros voltaram a Nanas e o convenceram a ver Rabi Yehoshua. Nanas se jogou aos pés do Sábio. “Por que deseja um líder do povo judeu ver um homem simples como eu?” Yehoshua respondeu: “Quero saber o que fazes todos os dias. Cumpres algum ato especial?” “Não faço nada de especial”, explicou Nanas. “Sou açougueiro. Trabalho em minha barraca. Tenho pais idosos que não podem se sustentar. Todos os dias, antes de ir ao trabalho, lavo-os, visto-os e os alimento.” Rabi Yehoshua ficou de pé, beijou Nanas e disse: “Quão grande é tua recompensa no Gan Eden! Que sorte a minha de ser seu vizinho no Paraíso. Fiquemos contentes pela recompensa que D’us nos concederá: sinto-me feliz de saber que estarei junto a ti.”

 

O Sexto Mandamento: Não Matar

“Não Matarás!”

Moshê ordenou aos judeus em nome de D’us: “Meu Povo de Israel! Não mateis. Não sejam amigos ou sócios de assassinos, para que vossos filhos não aprendam a matar. Se pecarem e cometerem assassinato, o Templo Sagrado de Jerusalém será destruído e a Shechiná (Divindade) abandonará a Terra de Israel.”

Aquele que derrama sangue mutila a Shechiná. O imperador ordenou que erguessem estátuas suas na província recém-conquistada, e que se cunhassem moedas com sua imagem estampada. A população demons-trou seu descontentamento com o novo conquistador derrubando as estátuas com sua imagem, e destruindo as moedas com sua estampa. Similarmente, aquele que mata um ser humano, que foi criado à imagem de D’us, é como se prejudicasse o Próprio D’us. A punição celestial para um assassino é que será assassinado por alguém. Envergonhar outro ser humano (fazendo com que o sangue escoe de suas faces) é uma forma de assassinato.

 

O Sétimo Mandamento: Não cometer Adultério

“Não cometerás adultério!” D’us pune a transgressão de adultério mais severamente, pois Ele é paciente no caso de qualquer pecado, exceto o da imoralidade. “Não cometerás adultério!”, avisa D’us a Seu povo. A pessoa que deve ser sempre humilde, comportando-se com modéstia em todo lugar, mesmo quando suas ações não forem visí-veis. É uma mitsvá manter distância de pessoas grosseiras e inde-centes para não aprender com seus maus hábitos. Moshê disse aos judeus em Nome de D’us: “Não sejam adúlteros, nem sejam amigos ou sócios de adúlteros, para que vossos filhos não aprendam a ser adúlteros. Se cometerem este pecado, serão exilados da Terra de Israel e outras nações ali viverão, no lugar de vocês.”

 

O Oitavo mandamento: Não Raptar

“Não Roubarás!” A proibição de não roubar, nos Dez Mandamentos, refere-se a roubar vidas humanas. (Roubo de propriedade é proibido pelo versículo em Vayicrá 19:11.) Quem rapta uma pessoa e o vende ou utiliza-o como escravo está sujeito à pena capital pelo tribu-nal. Moshê ordenou em Nome de D’us: “Povo de Israel! Não roubem, e não sejam amigos ou sócios de ladrões, para que vossos filhos não aprendam a roubar.”

 

O Nono Mandamento: Não Levantar Falso Testemunho

“Não levantarás falso testemunho contra teu semelhante!”

“Não darás falso testemunho contra teu próximo”, disse D’us ao po-vo. “Eu criei tudo em Meu mundo. Só a falsidade não criei. Portan-to, todo aquele que dá falso testemunho contra seu próximo está negando a Criação do mundo.” Levantar falso testemunho leva à destruição da civilização. Faz com que vítimas sejam punidas por crimes que jamais cometeram. Também permite roubar, matar e oprimir outrem e escapar impune, através de falso testemunho. Aquele que testemunha em falso traz, desta forma, destruição ao mundo. Também nega a Providência do Criador. Uma “falsa testemunha” é a pessoa que se apresenta perante um tribunal e atesta que viu algo que realmente nunca viu. Não faz diferença se dá falso testemunho para ajudar um amigo ou para prejudicar um inimigo: a Torah nos proíbe de ser testemunha falsa, independentemente da razão.

 

O Décimo Mandamento: Não tentar trazer à posse de alguém o que pertence a outrem

“Não cobiçarás a casa de teu semelhante, nem sua esposa, nem seus servos, nem nada que pertença a teu semelhante (e, como resultado, engendrar planos para consegui-los)!”

É proibido fazer qualquer tentativa de obter algo que pertença a outro porque alguém deseja possui-lo ele mesmo. Esta proibição in-clui convencer alguém a vender algo que não deseja, pressionando-o a fazê-lo. Isto é proibido mesmo se lhe for pago integralmente. Tampouco é permitido desejar, mesmo no íntimo, as posses que per-tencem a outros. A Torah quer que cada pessoa sinta-se feliz com o que tem. Moshê ordenou em nome de D’us: “Não desejem o que perten-ce a outro, nem sejam amigos ou sócios de pessoas que cobiçam o que pertence a outros. D’us os castigará se cometerem este pecado. O governo confiscará vossos bens.” O perverso traço de desejar os bens de outrem faz com que a pessoa se torne criminosa, pois em seu impulso de obter o objeto de desejo, é capaz de tornar-se vio-lento se lhe for negado. Pode estar preparado até para matar o do-no de seu desejo. Enquanto os primeiros cinco Mandamentos mencio-nam o Nome de D’us, este é omitido dos cinco últimos. D’us disse: “Que Meu Nome não seja associado a assassinos, adúlteros, ladrões, testemunhas falsas e pessoas invejosas e cobiçosas.”

Que o Eterno nos abençoe!

Baruch Há Shem!

Mário Moreno

Fonte: www.ministerioengel.com

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